Para garantir os níveis séricos adequados de vitamina D também é indicada a exposição solar cerca de 15 minutos por dia, no horário antes das 10h ou após às 16h
A vitamina D faz parte do grupo de vitaminas lipossolúveis, sendo sintetizada na pele pela ação fotolítica através dos raios solares UVB, e a baixa exposição solar é essencial que seja adquirida através de fontes alimentares.
Uma das principais funções da vitamina D está relacionada ao equilíbrio do cálcio, sendo assim, ambos devem estar em concentrações séricas consideradas valor adequado para exercerem seus papéis de calcificação óssea em conjunto com a vitamina K.
Além disso, a vitamina D também é importante para a atividade imunológica, agindo na regulação intestinal, estimulando a diferenciação de proteínas inflamatórias e reduzindo o processo inflamatório. Sendo assim, a deficiência da vitamina D está relacionada a diversas doenças autoimunes.
Uma observação para o comprometimento da absorção da vitamina D é para os indivíduos que fazem uso de medicamentos inibidores de gordura, como laxantes e hipolipemiantes, pois, arrastam a gordura e dificultam a absorção da vitamina D. Um tema pouco comentado mas em ascensão nos estudos é a ação da vitamina D no sistema nervoso central, relacionando a deficiência da vitamina com o aumento dos sintomas de depressão, insônia e TOC.
Para identificar a deficiência de vitamina D, basta observar os sinais e sintomas que seu organismo apresenta ao longo dos dias, como, por exemplo, cansaço excessivo, baixa imunidade com resfriados e gripes recorrentes, insônia, tristeza, fraqueza muscular, perda de dentes, hipertensão. Além disso, os valores sanguíneos do exame bioquímico da dosagem de 25-OH-Vitamina D deve estar acima de 30 ng/mL, pois abaixo desse valor é considerado deficiência da vitamina.
Encontramos fontes de vitamina D nos peixes, como salmão, sardinha, bacalhau, atum, cavala e gema de ovo. Além disso, dependendo da condição nutricional do indivíduo, pode ser necessária a suplementação via oral através de cápsulas de vitamina D em sua forma ativa, escolhida pelo seu profissional médico ou nutricionista.
A suplementação eficiente depende dos resultados da avaliação por exames bioquímicos, o qual irá dosar a concentração de 25-OH-Vitamina D, e assim será realizada uma prescrição de vitamina D de acordo com a necessidade individual. Os valores de referência para ter níveis adequados de vitamina D são de 40-60 ng/mL. Por ser uma vitamina lipossolúvel (vitamina com ação através de lipídio) é interessante o consumo estar associado à uma fonte de gordura boa para ser melhor absorvida.
Para garantir os níveis séricos adequados de vitamina D também é indicada a exposição solar cerca de 15 minutos por dia, no horário antes das 10h ou após às 16h, garantindo a síntese da vitamina através da pele.
E por se falar de imunidade, o qual é um dos papéis fundamentais da vitamina D, neste período de pandemia da COVID-19 observou-se, em estudos, que pacientes que testaram positivo para o vírus possuíam maior grau de deficiência da vitamina, visto que está associada à atividade imunológica, e sua deficiência torna o organismo mais susceptível ao vírus. Sendo assim, é de extrema importância o acompanhamento nutricional para verificação dos níveis séricos da vitamina para poder corrigir a possível deficiência e melhorar a resposta imunológica como tratamento e prevenção do vírus.
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