Ela pode ser diagnosticada em fases de leve desconforto na região do quadril nas suas fases iniciais, até severa limitação, nos casos mais graves
A osteoartrose coxofemoral, também conhecida como artrose do quadril, é o desgaste da articulação propriamente
dita. Trata-se de uma alteração degenerativa do quadril em que há uma perda da cartilagem e, consequentemente, dor e diminuição da mobilidade desta articulação.
É uma doença degenerativa, portanto pode ser diagnosticada em diferentes fases de evolução, desde leve desconforto em região do quadril nas suas fases iniciais, até severa limitação, nos casos mais graves.
A artrose pode ser dividida em duas classes: Artrose Primária, ou também denominada idiopática, e a Artrose secundária.
Na primeira, não se encontram evidências dos motivos de início da doença; muitas vezes, são relacionadas a fatores genéticos. Estudos mais recentes demonstram que pequenas alterações do eixo mecânico do quadril, ou seja, na formação óssea do quadril, podem ser os verdadeiros causadores dessa artrose dita como idiopática.
Já na artrose secundária, conseguimos identificar a causa inicial do processo de desgaste, podendo ser uma fratura prévia no quadril, uma doença prévia como artrite reumatoide ou até mesmo um distúrbio sanguíneo ou infeccioso.
O tratamento da artrose do quadril visa melhoria do quadro da dor e a retomada das atividades diárias pelo paciente. O tratamento pode ser dividido em “conservador” ou cirúrgico. Esse tratamento é multidisciplinar, ou seja, vários profissionais da área da saúde estão envolvidos, visando melhorar o quadro do paciente.
O termo “conservador” está entre aspas, pois é erroneamente utilizado – o termo mais correto seria tratamento não cirúrgico, uma vez que não deixamos ou “conservamos” a doença como ela está, e sim, priorizamos outros tipos de intervenções não cirúrgicas para o tratamento da doença. Dentre as técnicas, destacamos perda de peso com atividades físicas de baixo impacto, analgesia diária, medicações condroprotetoras, que visam retardar a evolução da doença.
A fisioterapia vem se mostrando uma ótima opção para controle da dor e manutenção do tratamento, além de promover alívio da dor e melhoria da função do quadril, promove uma diminuição do uso de medicações.
O tratamento cirúrgico somente é indicado na falha do tratamento não cirúrgico e a principal indicação está relacionada à dor. Pacientes que não conseguem mais realizar suas atividades diárias devido a dor ou limitações funcionais.
A artroplastia de quadril, também conhecida como “prótese de quadril” é o tratamento de escolha nos casos de falha do tratamento não cirúrgico em artroses avançadas.
É realizada a substituição da articulação do quadril pela prótese, devolvendo a funcionalidade ao quadril afetado e mantendo o paciente sem dor.
Existem vários tipos de materiais para realização da prótese de quadril, sendo sua escolha individualizada, ou seja, para cada paciente e para cada doença existem materiais mais indicados para realização da prótese de quadril. Atualmente, as próteses com revestimento em cerâmica promovem uma maior durabilidade, por possuírem um menor desgaste do material e um menor atrito entre os componentes articulares da prótese.
O sucesso da cirurgia depende de um cirurgião capacitado e bem treinado para realização do procedimento, de um bom preparo pré-operatório, com exames para identificar possíveis alterações patológicas e que essas possam ser corrigidas antes do procedimento, de uma equipe cirúrgica coesa e eficiente e da cooperação pós-operatória do paciente.
Uma indicação cirúrgica criteriosa, uma boa escolha de materiais e um profissional especializado são os segredos para sucesso no procedimento de prótese de quadril.
O objetivo da prótese de quadril é devolver o paciente para suas funções diárias normais, sem dor, sem limitações, podendo ter uma vida ativa e saudável por muitos anos.
Procure seu médico ortopedista.