O ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Elie Wiesel, estava no hospital recuperando-se de uma cirurgia cardíaca de peito aberto quando recebeu a visita de seu neto de 5 anos. Quando fitou os olhos do avô, o menininho viu sua dor. “Vovô”, ele perguntou, “se eu te amar mais, você vai sofrer menos?” Se amarmos mais ao Salvador, vamos sofrer menos?
Nenhum de nós é imune à dor. Vejo pessoas que lidam com ela de maneiras variadas. Algumas se afastam de Deus, com raiva, e outras permitem que seu sofrimento as aproxime de Deus.
Grande parte de nosso sofrimento não é obrigatoriamente culpa nossa. Acontecimentos inesperados, situações contraditórias ou frustrantes, doenças incapacitantes ou até a morte são coisas que nos cercam e permeiam nossa vida mortal. Além disso, podemos sofrer aflições por causa dos atos de outras pessoas. O Salvador não é um observador silencioso. Ele próprio conhece de modo pessoal e infinito a dor que enfrentamos.
Ao ler em Mateus sobre o ministério mortal de Cristo há uma descoberta: “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos (…) e Ele (…) curou todos os que estavam enfermos”.(Mt 8:16) Ele curou todos os que O procuraram. Não deu as costas a ninguém. A dor que cada um de nós sofre pode ser o modo de medir esse processo. Quando é extrema, podemos tornar-nos como crianças no coração, humilhando-nos e orando, trabalhando e esperando pacientemente a cura de nosso corpo e de nossa alma. Ao fazermos isso, talvez não consigamos evitar as tribulações, as aflições e o sofrimento na carne, mas sofreremos menos espiritualmente. Até em nossas provações podemos sentir alegria e paz.
Elder Lima
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias