Santa Casa de Misericórdia trabalha para atendimentos mais humanizados

O Hospital Santa Casa de Misericórdia (HSCM) está passando por reformas que visam o melhor atendimento aos pacientes, tanto para pacientes do SUS como os do convênio. Com as reformas, é oficializada a inauguração da Maternidade e também da Unidade de Internação. Sobretudo, de acordo com a equipe da instituição de saúde, o objetivo do Hospital não se trata somente de melhoras estruturais, mas, agora, se prepara, também, para atendimentos mais humanizados, tanto para os pacientes, como para seus acompanhantes.

As reformas
O prédio passa por reformas em absolutamente todas as áreas. Nos principais aspectos, pisos, pintura, cortinas, equipamentos, organização de uma forma geral e, em um patamar concluído, a maternidade e a área de internação.
Marco Antônio Real Lopes é administrador do Hospital e afirma: “Estamos finalizando as nossas obras na questão da maternidade, tanto do parto normal, quanto do parto de cesárea”. Além disso, o profissional explica que o hospital está extremamente preparado para fazer todos os procedimentos de média complexidade, visto que toda a unidade de internação, com as Alas B e C, também foi reformada. “Tanto o SUS quanto o convênio têm tratamentos humanizados, sem nenhum tipo de diferença”, esclarece.

Humanização
E por falar em humanização, a enfermeira chefe do Hospital, Eliene Santos de Souza, que também atua no controle de infecção hospitalar, está há mais de 12 anos no Hospital e passou por duas administrações. “A diferença já é muito grande; a cada dia e em trabalho de formiguinhas, vai ficando ainda melhor. Estamos preocupados com o atendimento e queremos que as pessoas sintam o mínimo de conforto aqui. Agora, falando da maternidade, atualmente, a visita dos pais é mais completa, mais longa, tentamos deixar os bebês o máximo que podemos junto com as mamães.
E entre os ajustes que já estamos providenciando, tanto para a maternidade quanto para a internação, é mais conforto para os acompanhantes. Televisão, poltronas mais confortáveis e um ambiente melhor para quem já está aqui, em uma tarefa difícil, que é acompanhar alguém querido, muitas vezes, sofrendo. Não queremos que, além de tudo, a pessoa sente-se em uma cadeira dura e fique olhando para as paredes.
Humanização é sentir compaixão, querer o máximo de conforto e saber que a distração melhora a estadia de quem está aqui. Humanização é isso, é tratar o paciente e seu acompanhante com respeito e dignidade, proporcionando o maior bem-estar possível para eles”, enfatizou a enfermeira.

Entre a vida e a morte…
O caso de Aline e o Hospital Santa Casa de Misericórdia
Aline dos Santos tem 27 anos de idade e, há um ano, sofreu um grave acidente no cruzamento entre as Ruas 25 de Dezembro e Moacir do Amaral. Para a Auxiliar Administrativa, a transferência de sua internação para a Santa Casa de Misericórdia foi essencial para sua recuperação. “Desmaiei na pancada, acordei muito machucada, com fraturas, escoriações no rosto e sendo socorrida pela ambulância. Mal sabia o que estava por vir. Tive meu braço completamente quebrado, pernas, pés, dedos. Porém, fiquei no PAM por dois dias, sendo medicada apenas com morfina. Tentavam minha transferência para a UNICAMP e outros hospitais da região, mas, não conseguiam. Foi quando a minha tia e um vereador da cidade conseguiram contato com a direção da Santa Casa de Misericórdia. No mesmo dia, eles me aceitaram e eu fui transferida sem qualquer custo para mim”.
Aline ainda relatou emocionada que “daí para frente, tive um tratamento completamente diferente e pude ter esperanças novamente. Emociono-me em falar, agradeço, primeiramente, a Deus, ao vereador, minha tia, a equipe da Santa Casa de Misericórdia, desde a equipe de limpeza, cozinha que vinha me perguntar até o que eu queria comer, até a direção que pessoalmente me visitou, passou contatos pessoais para minha família para casos de emergências comigo”.

A internação de Aline
“Lá estive 18 dias internada e, nesse meio tempo, várias cirurgias foram feitas no meu braço, pernas, pé, joelho. Fui muito bem tratada. E enfatizo que eles não tinham a menor obrigação comigo, visto que eu não tinha convênio. Digo, hoje, emocionada, que só estou aqui, graças a Deus e porque cheguei naquele Hospital. Um ano depois, ainda tenho algumas sequelas devido ao grave acidente, mas, não me foi cobrado nada, nem sequer uma agulha! Nada me foi cobrado por esta administração. Sou muito grata, completamente grata!”.

O hospital, que passou por diversas mudanças, hoje atende as necessidades da população. “É possível ver nas nossas instalações que estamos preparados para receber a população”, enfatizou e finalizou Marco Antônio, o administrador.
Vale ainda lembrar que “a expectativa para a maternidade é de até 60 partos por mês. Estiveram internados 84 pacientes no mês de novembro, pacientes do SUS, sendo que foram 20 partos e 6.025 atendimentos de pronto socorro”.