Policiais Civis, da Delegacia Seccional de Casa Branca, realizaram uma megaoperação de combate ao roubo de combustível em Cosmópolis e Paulínia. Ao todo, os Policiais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, em uma operação que recebeu o nome de Entressafra.
Após a investigação, o Delegado de Mococa pediu a expedição dos mandados de prisão, que foram cumpridos na manhã de domingo (8), em Cosmópolis e em Paulínia.
Sessenta Policiais Civis, incluindo equipes do GOE (Grupo de Operações Especiais), se deslocaram durante a madrugada para a cidade. Vinte viaturas foram empenhadas.
As investigações começaram a partir de roubos, que aconteceram nas usinas de álcool em cidades como Mococa e Casa Branca.
Segundo o Delegado Titular de Mococa, Dr. José Guilherme Torrens de Camargo, “especificamente foi um roubo, praticado no dia 14 de janeiro, quando um bando armado e encapuzado invadiu a usina que nós temos lá e subtraiu álcool hidratado”.
Um dos veículos, que foi utilizado nesse roubo, foi localizado e apreendido. Ele estava em um posto de gasolina usado pelo grupo, na Av. da Saudade.
O Delegado explicou que, como o roubo aconteceu durante a madrugada, os Investigadores conseguiram rastrear facilmente o caminho feito pelo caminhão que estava com o combustível roubado.
“Foi fácil localizar o trânsito deles nas praças de pedágio. Chegando aos caminhões, logo chegamos aos motoristas e aí desbaratou toda a quadrilha”, completou o delegado.
Mais de 1,3 milhão de litros de combustível foram roubados pela quadrilha em toda a região da Delegacia Seccional de Casa Branca. “Um bando extremamente agressivo, nervoso, chega com armas em punho e rende os funcionários. Depois, os funcionários são trancados. Como eles têm experiência no ramo, descarregam o combustível dos tanques para os caminhões da quadrilha”, segundo Dr. Torrens.
Sobre o posto de combustível, onde a operação se concentrou em Cosmópolis, o Delegado explicou que “veja a estrutura que nós temos aqui. Um posto de combustível, que tem atividades normais, lícitas, mas, abastecidas com produto ilícito. Mas, aqui temos um posto, usado no crime. Tanto é que está lacrado. Nós lacramos com ordem judicial, do Juiz de Mococa. Vai ficar lacrado até que eles comprovem a regularização disso tudo”.
Também foram apreendidos equipamentos conhecidos como ‘Capetinha’, que bloqueiam sinais de celulares e de rastreadores, além de uma touca ‘ninja’. Uma quantia em dinheiro foi apreendida no posto de combustível e algumas joias localizadas na casa de um dos presos.
Em Cosmópolis, dez mandados foram cumpridos. Em Paulínia, a equipe do GOE conseguiu cumprir outros dois mandados. Nem todos os mandados eram de prisão.
Dois caminhões da quadrilha foram apreendidos. Alguns veículos, inclusive importados, foram apreendidos. Duas motos aquáticas e outras motocicletas, de alta cilindrada, também foram apreendidas.
O Delegado Seccional de Casa Branca, Dr. Carlos Alberto de Braga Fiuza, comandou a operação Entressafra e explicou que é “uma operação da Seccional, atendendo a Delegacia de Mococa. Nós já apreendemos oito veículos de luxo. Estamos apreendendo os caminhões usados nos roubos e já temos oito presos. Uma operação de sucesso”.
Escutas telefônicas foram usadas durante a investigação. Com isso, outros crimes passaram a fazer parte do foco dos investigadores. “Nas nossas gravações, nós já esclarecemos um homicídio ocorrido em outro município. Uma quadrilha perigosa e que hoje está sendo desmantelada pela Polícia Civil. Esse homicídio está relacionado com a quadrilha. Inclusive, nós estamos investigando, agora, a relação deles com furtos em tubulação da Petrobras”, disse o Seccional Fiuza.
Sobre o posto de gasolina, o Seccional disse que “neste posto, era feita a lavagem de dinheiro de toda essa questão criminosa que eles estão envolvidos. Nós estamos investigando outras formas de crime em que eles estão atuando”, finalizou o delegado.
Todos os veículos apreendidos serão levados para Mococa.
Os presos tiveram a Prisão Temporária decretada. O prazo é de cinco dias, porém, o delegado informou que pode pedir a conversão para Prisão Preventiva, que não tem prazo máximo de permanência na cadeia.
atualizado em 9/4/18 – acréscimo de informação