Setembro amarelo e a comunidade LGBTQIAPN+

Comunidade sofre uma série de problemáticas que podem afetar adversamente sua saúde mental

O mês de setembro é reconhecido como o mês de prevenção ao suicídio, representado pela campanha Setembro Amarelo. É necessário destacar sua importância na comunidade LGBTQIAPN+, uma população que, historicamente, enfrenta desafios únicos em relação à saúde mental.
A comunidade LGBTQIAPN+ sofre uma série de problemáticas que podem afetar adversamente sua saúde mental: estigma, discriminação, rejeição familiar, violência e falta de aceitação social são “apenas” algumas das várias barreiras que a grande maioria dos membros dessa comunidade enfrentam cotidianamente. Portanto, é fundamental destacar a conscientização sobre a saúde mental, não somente durante o Setembro Amarelo e também não apenas para esta comunidade, mas para a sociedade em geral e de forma constante, afinal pessoas LGBTQIAPN+ e pessoas que não fazem parte dessas realidades vivem juntas.

Em muitos lugares, os serviços de saúde mental ainda não estão preparados para atender adequadamente as necessidades específicas dos LGBTQIAPN+. Por isso, o Setembro Amarelo é uma oportunidade crucial para ampliar o debate e a conscientização deste recorte social tão invisibilizado. A prevenção ao suicídio e a promoção da saúde mental devem ser objetivos compartilhados por todos, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero, para garantir que todos tenham a oportunidade de viver vidas plenas e felizes, mas as especificidades precisam ser levadas em conta quanto ao atendimento de corpos e vivências empurradas às margens sociais desde sempre e ainda, infelizmente.
A educação sobre identidades de gênero e orientações sexuais é determinante para combater a ignorância e o preconceito. O acesso ao conhecimento está, literalmente, nas mãos de uma grande fatia de nós, dado o advento de facilitação do acesso à internet. Inclusive, se você está lendo este artigo, por curiosidade, interesse no assunto, ou mesmo por possuir uma opinião contrária ao que escrevo, perceba: o debate sobre gênero e orientação sexual já está aberto em você.
Para além da conscientização, um outro passo que deve ser dado, simultaneamente, é a disponibilidade e a viabilização de serviços sensíveis às questões de saúde mental LGBTQIAPN+, com equipes profissionais treinadas para o trato dessas questões.
O que mais se pode fazer, independentemente de políticas públicas? Grupos de apoio, ONGs e comunidades online somam e trazem um senso de apoio e pertencimento, assim como no âmbito familiar, ter apoio abertamente para com seus entes queridos LGBTQIAPN+ só tendem a promover mais inclusão e melhora na saúde mental.
Se você precisa de ajuda, ligue para o Centro de Valorização da Vida (número 188), serviço disponível 24 horas por dia. Sua vida importa!

Juh Brilliant
Escritor, pedagogo e fotógrafo
@juh_brilliant

Filme: Orações Para Bobby (gratuitamente disponível no Youtube).
A se seguir: @grupo.travessia (Instagram).

Por: JuhBrilliant(@juh_brilliant) – Autor independente dos livros “O Menino das Meias” e
“BRILHANTE?!”, pedagogo e fotógrafo.