Setembro lilás é o mês da conscientização do Alzheimer

Todos os anos, no dia 21 de Setembro, é celebrada a luta das famílias que cuidam de pessoas com Alzheimer. O Setembro Lilás tem o intuito de combater e conscientizar o respeito com as pessoas portadoras da doença de Alzheimer. Um dos grandes fatores de risco dessa doença é o envelhecimento da população. Hoje, o Brasil é um dos países com mais índices de pessoas idosas.
Segundo Delson Gressler, Médico Geriatra, a doença ocorre por conta de uma alteração no cérebro que ocorre através de um metabolismo diferente alterado por um acúmulo da proteína beta amiloide (A-beta). Ironicamente, essa proteína é a mesma que, teoricamente, protege o cérebro, porém, quando produzida pelo próprio corpo em grande quantidade, ela causa o Alzheimer.

Delson Gressler
CRM: 103637
Médico Geriatra
Unidade Básica de Saúde – Andorinhas

“O Alzheimer causa transtorno na mente, na memória, no comportamento, no raciocínio e na orientação espacial, a pessoa já não sabe mais onde ela está”, conta o médico Delson. O perambulismo é também um dos sintomas do Alzheimer, o paciente sai sem destino e, com a memória comprometida, já não sabe mais voltar para casa – isso acontece, principalmente, nas grandes cidades.
Tratamento
Um paciente que sempre cozinhou bem, por exemplo, tem uma alteração no cérebro que, após ser diagnosticado com Alzheimer, não sabe mais fazer a receita que sempre fez no decorrer da vida. O tratamento varia de paciente para paciente. “Um paciente agitado tem que ser tratado para diminuir a agitação, enquanto outro paciente está com confusão mental”, explica o geriatra Delson Gressler.
Há tratamentos com remédios e sem remédios, que são estímulos cognitivos, como exercícios, fisioterapias, entre outros. O apoio familiar é de grande importância para o paciente. Os medicamentos disponibilizados podem retardar o avanço da doença, mas, não trarão a cura. É uma doença “sem cura definitivamente”, declara o médico.
O paciente com Alzheimer não pode ficar mudando de casa em casa, deve manter uma rotina estável, pois, as mudanças podem provocar confusões mentais fortes.

Casos raros
Com a vida corrida que a maioria dos brasileiros leva, esquecer datas importantes, compromissos e até mesmo não fechar a porta de casa podem fazer parte da rotina. Perder a memória nem sempre quer dizer que você está com Alzheimer. O estresse, o nervosismo, a falta de vitaminas, podem causam esquecimento, como esquecer que ontem foi o aniversário do seu casamento. Mas, em casos bem raros, o Alzheimer de cunho genético pode atingir pessoas com menos de 60 anos.