Síndrome de ‘Burnout’: mal do século 21

A síndrome de ‘Burnout’, também conhecida como esgotamento profissional, é uma condição vivida mediante um estresse crônico ocupacional, demandando cansaço físico e emocional, relacionado ao contexto de trabalho. Segundo a psicóloga, Renata Pinheiro, “fatores que favorecem esses casos relacionam–se com pessoas proativas, com alto grau de exigência interna, com ideias perfeccionistas e excesso de dedicação”.
Os profissionais neste contexto podem ser de diversas áreas, tais como: enfermeiros, psicólogos, médicos, professores, jornalistas, advogados, telemarketing e outros.

Sintomas
Os sintomas apresentados são: cansaço constante, fadiga, dores musculares e de cabeça, alterações no sono, apetite, concentração, memória, autoestima, como também irritabilidade, intolerância, isolamento, sentimentos de impotência e fracasso. Consequentemente, traz grande sofrimento psíquico, prejuízos pessoais, sociais e profissionais, facilita quadros depressivos graves e provoca ansiedade.
Como receber ajuda
A pessoa acometida de tal síndrome pode receber ajuda de uma equipe multidisciplinar como psicólogos e psiquiatras, inclusive, na avaliação da necessidade ou não de medicamentos. “Também é de importante relevância o apoio familiar”, conta Renata. Com o apoio familiar e a ajuda de profissionais, isso proporcionará ao sujeito a possibilidade de compressão dos sintomas, das causas e do resgate de suas potencialidades.
Uma adaptação em sua agenda, visualizando e repensando sua rotina em busca de sua melhor qualidade de vida (física e emocional), buscando momentos de encontros verdadeiros consigo, atividades físicas, boa alimentação, lazer (busca do que lhe proporcione prazer). “São recursos importantes e utilizados na busca de sua adaptação e recuperação a esse novo contexto vivencial”, declara Renata.
Doenças emocionais têm sido comuns no século 21. Por se cobrarem demais, os profissionais se tornam intensamente esgotados e sem forças para exercer suas atividades no dia seguinte.
O trabalho faz parte da vida do sujeito, de sua constituição enquanto pessoa produtiva e reconhecida na sociedade. Uma questão, inclusive contemporânea, visto que as coisas acontecem cada vez mais rápidas, os conhecimentos nunca são cristalizados, mudanças frenéticas, novos recursos, novas tecnologias, novos valores.
O ser humano tem que estar sempre em alerta para manter sua condição de trabalho, sua

Renata Pinheiro Psicóloga clínica, Especialista em saúde mental CRP: 06/131833 Telefone (19)982922022 E-mail: renatapinheiro22@yahoo.com.br

posição, uma era da pressa, para correr para produção em prazos cada vez mais curtos, perdendo o equilíbrio, o sentido para o que está fazendo e vivendo.
Benjamin Franklin disse: – O trabalho dignifica o homem. Hoje, não é incomum ouvirmos frases como: – Qual sua profissão? – Trabalha onde? Como se o que fizéssemos definisse por inteiro o que somos como pessoas.
Podemos pensar que o trabalho, como dito acima, nos traz um nome, um significado, uma dignidade, um sentido para o que fazemos diante da sociedade. “Contudo, não podemos nos descuidar do essencial, de nossa saúde e equilíbrio, pois, somos seres biopsicossociais, somos mente, corpo, social, cultural e pessoal. Somos passado, presente, futuro, amor, ódio, alegria, tristeza, religião e espiritualidade”, declara Renata.