Sintomas do Mal de Parkinson não se limitam a tremores

O Mal de Parkinson é uma doença neurológica, uma das mais comuns hoje em dia. O Parkinson afeta o sistema nervoso central e caracteriza-se como uma doença degenerativa. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1% da população acima dos 65 anos de idade sofre com a doença, que é mais comum a partir dos 50 anos de idade.

De acordo com estimativas, acredita-se que há de 100 a 200 casos para cada 100 mil habitantes do mundo. Já no Brasil, a estimativa é que ao menos 200 mil pessoas possuam Parkinson. A doença degenera os neurônios que contêm dopamina. Além de ser um neurotransmissor, a dopamina é responsável por transmitir mensagens entre células nervosas.

Por ser a principal responsável pelos movimentos voluntários automáticos do corpo, quando ela é diminuída, os movimentos se tornam mais difíceis de serem realizados. São quatro os sintomas mais comuns da doença e, para confirmar o diagnóstico de Parkinson, é necessário que o paciente apresente pelo menos dois sintomas. Os mais comuns são: tremor, rigidez, lentidão anormal dos movimentos (bradicinesia) e alteração do equilíbrio.
Geralmente, nos primeiros anos da doença, os sintomas se manifestam somente de um lado do corpo e, apesar de ter uma evolução lenta, com o passar do tempo, o problema se agrava.

No caso da bradicinesia, a lentidão não é somente física, mas também neurológica, ou seja, há uma grande dificuldade em pensar e responder.
Há também sintomas não motores. Alguns deles são suor excessivo no rosto; dificuldade para engolir; dores; insônia; ansiedade; alteração de memória; tontura; aumento da saliva; cansaço e perda de peso. A doença não tem cura, porém, existem tratamentos para amenizar os sintomas e permitir que o paciente viva da melhor maneira possível, convivendo com o Mal de Parkinson.

Os tratamentos indicados para a doença de Parkinson incluem fisioterapia, fonoterapia, atividades sociais, apoio psicológico, orientação nutricional e também o uso de alguns medicamentos. A medicação vai variar de acordo com os sintomas, a idade e as atividades que o paciente de Parkinson realiza e pode ser modificado ou alterado de acordo com as reações que o paciente apresentar diante do uso da medicação.

Se os sintomas forem mais agressivos e atrapalharem significativamente a vida do paciente, o médico pode recorrer a cirurgia, que pode ser feita através de uma lesão microscópica em uma região do cérebro, aliviando os sintomas da doença, ou então é feita a colocação de eletrodos que emitem sinais elétricos para a região do cérebro responsável pelos sintomas do Mal de Parkinson.

É sempre importante ressaltar que o Parkinson, assim como qualquer outra doença, pode ser tratado, fazendo com que o paciente viva de uma maneira mais normal possível. É preciso somar os tratamentos à uma alimentação saudável de maneira equilibrada. Ter um convívio social diário também é importante e ajuda o paciente a não se sentir deprimido. Além disso, a família age como suporte da pessoa doente e tem papel essencial em seu bem-estar contínuo.