A moto se tornou um dos principais veículos a transitarem dentro da cidade, não apenas por serem econômicas, mas pela praticidade e menor custo de manutenção. Todos os tipos de perfis são adeptos a ela: homens e mulheres, adultos ou mais jovens, empresários e empregados.
Contudo, as motos também se tornaram os veículos mais visados para roubo e furto. Por essa razão, surgem no mercado cada vez mais meios de proteger esses bens no dia-a-dia.
De acordo com o especialista Ramon de Queiroz, proprietário da empresa Subway Sons e Acessórios, existem diversos tipos de alarme para as motocicletas: o de controle remoto, o qual o condutor pode ligar e desligar; e aqueles que vêm com o sensor de presença junto. Além disso, existem os que somente emitem sons e aqueles que travam a moto. “O alarme com sensor de presença, o mais utilizado hoje em dia, funciona através da proximidade. O controle remoto emite um sinal para a central da moto, que fica ligada junto à bateria da moto”, informa ele.
Se o controle estiver próximo da moto quando ela for ligada, a moto funciona normalmente; se estiver distante, ela não funciona, como se o controle servisse como uma liberação para que a moto funcione. Quem criou esse sistema de segurança pensou, é claro, em proteger o bem de um possível furto. Porém, muitas pessoas ainda têm medo de adquirir esse alarme pela preocupação de serem abordadas quando estão dirigindo a moto. “Por exemplo, se um indivíduo furtar sua moto e ela parar depois de alguns metros, você pode ficar com medo de ele voltar atrás de você e te machucar para roubar sua moto. Porém, o sistema de segurança, pensando nisso, dispara o alarme ou faz a moto parar depois de aproximadamente 1 minuto e meio – tempo suficiente para que a moto e o indivíduo estejam longe o suficiente de você”, esclarece Ramon.
Outra situação que ainda pode acontecer é ser abordado por dois indivíduos enquanto conduz a moto, e um deles ficar com você enquanto o outro “testa” a moto, para ver se ela tem alarme, dando uma volta no quarteirão, por exemplo. “O sistema de segurança também já pensou nessa situação e, com certeza, dar a volta no quarteirão por menos de um minuto não vai fazer o alarme disparar”, explica o especialista.
Além disso, o sistema é tão inteligente que, se a moto estiver estacionada e seu sensor de movimento percebe alguém (que não está em posse do controle remoto) sentar-se nela e a movimentar, imediatamente o alarme dispara. “Nesse caso, não vai haver aquele período de um minuto e meio, porque a moto está parada, estacionada, sem sentir o controle remoto por perto”, esclarece Ramon.
O alarme para motocicletas, seja o de som ou o de trava, pode ser instalado em todos os tipos de moto, de todos os tamanhos e potências.
Contudo, uma dúvida muito constante é se o alarme usa a bateria a ponto de descarregá-la ou diminuir sua vida útil. Ramon afirma que não. “A central de alarme é ligada na bateria da moto, e em termos de consumo, é mínimo, a não ser que a central esteja com algum defeito. No geral, ela não descarrega a bateria da moto e não diminui consideravelmente seu tempo de vida-útil. Muitas vezes, é possível perceber que a bateria está fraca e ruim quando o alarme começar a apresentar problemas e não funcionar corretamente, indício de que a bateria não está fornecendo alimentação necessária para a central”, informa ele.
Existe também o rastreador, que também é uma central ligada à bateria, mas com uma antena de GPS, para que o rastreamento seja feito. “Se algum furto ou roubo acontece, o proprietário da moto pode ver em seu smartphone ou computador onde a moto está, e também, através do computador, fazer com que ela pare de funcionar”, diz Ramon.
Além disso, existe também a possibilidade de delimitar o trajeto de sua moto. “Supondo que você empreste sua moto para alguém, que fala que vai de Cosmópolis a Artur Nogueira, por exemplo. Você pode, através do aplicativo do celular, delimitar o local (no mapa) em que a moto pode ir, ou seja, quantos quilômetros de raio ela pode alcançar. Se a pessoa que está com a sua moto sair do limite, o aplicativo apita e acusa onde a pessoa está”, detalha o especialista.
Ramon explica que a outra possibilidade é, se você deixa a moto estacionada em algum local, pode selecionar uma opção pelo celular que acusa se outra pessoa ligar a ignição de sua moto. Além disso, segundo ele, é possível verificar todo histórico do trajeto e também a velocidade que a moto fez.
Os alarmes de segurança por presença custam de R$320 a R$340, da marca Positron, a recomendada pelo profissional. “Já o rastreador custa R$150 a instalação, além do valor mensal de aproximadamente R$60 cobrado pela rastreadora. Pode-se também colocar os dois, alarme e rastreador”, finaliza ele.