Este termo aberto é expansivo e reconhece a complexidade da experiência humana, permitindo que as pessoas expressem livremente sua identidade de gênero e orientação sexual
Como já sabemos, a comunidade LGBTQIAPN+ abrange uma ampla diversidade de identidades de gênero e orientações sexuais, sendo, então, “queer” um termo inclusivo que engloba aqueles que não se identificam estritamente com as categorias tradicionais de heterossexualidade e cisgeneridade (lembrando que para algo ser ou não tradicional necessita-se de um amontoado de construções históricas, culturais, sociais etc.). Este termo aberto é expansivo e reconhece a complexidade da experiência humana, permitindo que as pessoas expressem livremente sua identidade de gênero e orientação sexual.
Dentro da sigla LGBTQIAPN+, “queer”, a letra “Q”, destaca-se como um guarda-chuva inclusivo, acolhendo indivíduos que podem se identificar como lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, não-binários e diversas outras identidades não heteronormativas. Pessoas na contramão do, construído e imposto, tradicional – que nada de ruim tem, se não se apresentar excludente, predatório e impositivo, como, infelizmente acontece na massiva maioria das vezes – podem, se assim quiserem, denominar-se pessoas queer. Até na não imposição, o movimento queer mostra a não violação da individualidade de cada um. É LGBTQIAPN+? Queer? Bem-vindo. Não é queer? Está tudo bem também. Já canta Pitty, em “Máscara”, faixa presente em seu clássico álbum de rock “Admirável Chip Novo”, que recém completou duas décadas de lançamento: “O
importante é ser você!”
O movimento queer desafia estereótipos prejudiciais e contribui para a desconstrução de tais normas sociais que perpetuam preconceitos assassinos. Para além, o ativismo queer desempenha um papel vital na luta pelos direitos civis e pela justiça social, que promove conscientização sobre as questões enfrentadas pela comunidade LGBTQIAPN+ e advoga por políticas inclusivas e equitativas.
Talvez nos caiba, generalizando, enquanto humanos, construir novas perspectivas sobre nossa própria humanidade. Já se finda janeiro de 2024 e permanecemos, alguns poucos, ensinando o respeito que devemos, todos, termos uns com os outros. O que falta pra raça humana aprender o que parece tão óbvio? Chuto que o começo da jornada reside num endereço de fácil acesso quando buscado dentro de cada um, afinal, devemos ser, em alguma instância, morada para a empatia.
Para ouvir: Pitty – Admirável Chip Novo (o álbum – em qualquer plataforma de áudio, Youtube etc.)
Por: JuhBrilliant (@juh_brilliant) – Autor independente dos livros “O Menino das Meias” e “BRILHANTE?!”, pedagogo e fotógrafo.