Tailandesa intercambista chegou a Cosmópolis no fim de agosto

A tailandesa Naphatsawan, que chegou a Cosmópolis no dia 28 de agosto, conta que está muito feliz por estar no Brasil. Ela lembra que, quando ficou sabendo que viria ao Brasil, a primeira coisa que passou na sua cabeça foi o desejo de conhecer o Neymar, porque é seu jogador favorito. Mas, fora esse sonho, a tailandesa diz que já conhecia e admirava a cultura brasileira. “Eu adoro a América do Sul, sempre quis aprender o espanhol e as outras línguas da América Latina”.
Esta é a primeira viagem internacional da intercambista, que diz que estava muito ansiosa, assim como sua família que, segundo Naphatsawan, estava muito orgulhosa e, ao mesmo tempo, preocupada com a criminalidade. “Tive que tranquilizá-los”.
A intercambista diz que o maior desejo no Brasil é conhecer a cultura e aprimorar o português. “Eu acho o Brasil um excelente país”. Serão 10 meses de intercâmbio, sendo que, nesse período, ela ficará na casa de duas famílias e conhecerá diversas cidades, como o Rio de Janeiro e Fortaleza.
Uma das maiores diferenças até o momento foi a escola, relata a jovem. A escola que ela estuda na Tailândia tem cerca de 3 mil de estudantes, já o Colégio Objetivo, no qual ela está estudando no momento, tem um número mais reduzido. Além disso, a forma de ensino também é diferente.
Conquistando a amizade de alguns colegas de sala, a tailandesa fala que, apesar da timidez de alguns, por conta da língua inglesa, ela sentiu muita animação na sua recepção.
Apesar do inglês não ser sua primeira língua, Naphatsawan se comunica através dele, o que passa ser dificuldade para alguns. Mas, Tânia Simoni, mãe que está recebendo a adolescente, está se encarregando de traduzir o português para o inglês em casos que a jovem sente necessidade. A tailandesa já está se empenhando para aprender o português, Tânia explica que frases como “muito obrigada”, “isso não”, “está bom ou não” ela já consegue falar. “Estou ensinando, falo uma palavra em inglês e traduzo para o português para ela assimilar”.
Além da língua portuguesa, a tailandesa já provou um pouco da comida brasileira, que é diferente da Tailândia. Ela diz que gostou da comida, mas está acostumada com comidas mais ardidas, predominantes em seu país natal.

Brasil x Índia
No mesmo período que Naphatsawan veio para Cosmópolis, uma cosmopolense foi conhecer a cultura do outro lado do mundo. Na Índia, a filha da Tânia, Lívia Simoni, está se adaptando rapidamente. Em seu primeiro mês de intercâmbio, Lívia já provou de um dos festivais tradicionais do país, o Ganesha Chaturthi.
O festival Hindu é comemorado em honra do deus com cabeça de elefante Ganesha. A celebração dura em torno de 14 dias. Tânia diz que a filha adorou o festival e, inclusive, apareceu em um dos vídeos da cidade sobre a celebração.
Por lá, ela tem notado muita diferença na escola e na comida também. Ela tem dividido espaço com oito brasileiros, três argentinos, uma norte-americana e dois espanhóis, todos na mesma escola. Lívia já se adaptou, Tânia diz que a filha já engordou quatro quilos.

O intercâmbio
Naphatsawan conta que conheceu o programa de intercâmbio do Rotary através de uma veterana do ensino médio. Ela lembra que, assim que a veterana voltou da Índia, a tailandesa já foi buscar participar do programa também.
Quando ela aderiu, foi juntamente da escola, com isso, não pode escolher o país que iria visitar. Mas, segundo ela, assim que ficou sabendo que viria para o Brasil, ficou muito feliz, pois é um dos seus países favoritos.

O programa
O programa Intercâmbio de Jovens é patrocinado pelos Rotary Clubs em mais de 100 países e tem como alvo pessoas de 15 a 19 anos de idade. Esses jovens têm a oportunidade de conhecer outras culturas, aprender novos idiomas e ampliar os horizontes do conhecimento.
Mauricio Pelissari, responsável pelo Intercâmbio de Jovens do Rotary em Cosmópolis, conta que todos os anos a área do distrito 4590, que abrange Cosmópolis, envia cerca de 82 jovens para fora do Brasil. Assim como, essa mesma quantidade também é importada para o País.
No mundo todo são mais de 8,5 mil jovens que fazem essas transições por intercâmbio dos Rotary Clubs.
Contudo, este ano, no dia 16 de setembro, durante a Explofora, haverá um encontro dos jovens intercambistas.

Lívia Simoni está na Índia

 

Troca de culturas
Lívia Simoni, 16 anos, foi fazer intercâmbio na Índia no dia 10 de agosto. Maurício Pelissari afirma que o objetivo do programa de intercâmbio é fazer com que os jovens intercambistas vejam o mundo com os “olhos dos outros”, ou seja, viva as experiências que outros jovens vivem ao redor do mundo. Dividindo, assim, o ponto de vista de diversas culturas e aprendendo a conviver com a diversidade, além disso, promover a paz e a boa vontade pelo mundo.