Tema da redação divide opiniões

Os dois dias de ENEM renderam muita expectativa aos quase nove milhões de inscritos em todo o país. Em dois dias de provas, os estudantes foram examinados no dia 05 de novembro (1º dia) em Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias com tempo para a prova de 4h30. Já no dia 06 de novembro (2º dia), foi o dia dos testes em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, a temida Redação e Matemática e suas Tecnologias, com tempo para a prova de 5h30.
Os portões das escolas foram abertos aos alunos às 12 horas e fechados pontualmente às 13 horas, contudo, não houve relatos de atrasos ou alunos que chegaram após o fechamento dos portões no município.
Estudantes do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Célio Rodrigues Alves comentaram sobre o tema da redação e seus respectivos desempenhos e perspectiva em relação ao exame. Apesar de opiniões divididas, todos chegaram à conclusão de que o cansaço psicológico é o maior inimigo dos estudantes.
O tema deste ano foi “Caminhos para combater a intolerância religiosa”, com limite máximo de 30 linhas para defesa do ponto de vista em um texto argumentativo-dissertativo. Comumente, a redação gera muita expectativa e curiosidade, até mesmo para quem só acompanha o exame através de notícias.
Nattersya Gabriele Moreira de Almeida Gabriel tem 17 anos de idade e participou, pela primeira vez, do Exame Nacional do Ensino Médio, além de simulados que realizou previamente com o intuito de se preparar para a prova. “Acertei 93 questões e considerei o tema da redação fácil”. Contudo, ela ficou surpresa com o tema. “Foi fácil de escrever, foi um tema bem geral, mas, eu não acredito que não tenha sido o melhor tema para este ano, não acredito que tenha sido o mais relevante, também não era o que aluno estava preparado para escrever visto que este tema nem foi cogitado entre os possíveis temas de maior evidência em 2016. Existem outros temas que poderiam ter sido mais relevantes”.
Exatas e biológicas foi o caderno mais difícil para a aluna, porém, até aí, ela descreveu como algo pessoal. “Não são matérias com as quais possuo maior afinidade!”.
No caso de Natalia Lorrane Rodrigues da Luz, de 17 anos, a aluna também prestou a prova pela primeira vez e realizou um simulado previamente. Apesar de alegar ter gostado da prova e também do tema da redação, Exatas foi o motivo de sua maior insegurança. Em contrapartida, os longos enunciados atrapalharam, segundo Natália. “Tornaram a prova muito cansativa. A linguagem também é complicada, alguns textos são antigos, linguagens bem formais, é preciso ter atenção e um bom vocabulário para entender tudo”.
Já Breno da Silva, 17 anos, procurou pelas antigas provas para saber mais sobre o exame. “Achei difícil não exclusivamente pelo conteúdo, mas sim, pelo tamanho da prova. Acredito que a chance de ir mal na prova é mais pelo cansaço do que pelo conteúdo. Se estudar e se preparar, dá para resolver as questões, porém, há textos enormes, enunciados grandes, é realmente uma prova de resistência”, desabafou o estudante.
Já Arielton Aparecido dos Santos, de 18 anos de idade, prestou pela segunda vez o exame. “A primeira foi para treino, queria me preparar para um desempenho melhor neste ano. Em relação ao nível de dificuldade, se eu não me engano, é, em média, três minutos por questão, é pouco tempo para perguntas que precisam ser lidas, interpretadas, respondidas e gabaritadas, é muito cansativo!”. Para ele, o tema da redação poderia ter sido política, visto que é um dos assuntos de maior evidência neste ano em todo o país.

Segundo dia de prova
Em unanimidade, o segundo dia de prova foi mais difícil de acordo com os inscritos e os alunos justificaram grandes enunciados na língua portuguesa, aplicada no domingo, e pouco tempo para leitura, interpretação.
Resta aos alunos aguardar pelos resultados oficiais e as possíveis portas para programas educacionais como ProUni, FIES, PRONATEC conforme suas notas e desempenhos.