Thais mora em Cosmópolis há 7 anos

Quem ilustra o quadro “Minha Vida, Uma História” da semana é Thais Amarentina Rocha dos Santos, de 37 anos.
Nascida na cidade de Nazaré das Farinhas – BA, Thais conta que viveu uma vida ótima em sua terra natal. “Cresci em uma cidade bem pequena, onde se vive da farinha de mandioca e banana da terra. É um lugar aconchegante. Eu, por exemplo, tenho orgulho de admitir uma infância de grandes travessuras, coisas que Nazaré das Farinhas sempre me permitiu fazer”, conta.
E a lembrança da cidade baiana sempre se remete à família que lá deixou. “Tive uma mãe que foi pai também. Guerreira e batalhadora, me criou junto a meus irmãos com muita coragem. Se dispôs, todos os dias, a levantar-se cedo e ir dar aulas na zona rural para ajudar quem mais precisava. Infelizmente, ela desenvolveu algumas doenças que levaram-na à morte, no ano de 2016”, explica tristemente.
Com relação à vinda para o estado de São Paulo, Thais afirma que aconteceu em 2011 e trouxe consigo muitos medos e receios. “O tio do meu marido veio para São Paulo trabalhar e convidou meu esposo a vir também. Após seis meses de trabalho, ele pediu para que também viéssemos”, conta. “No começo, tive medo dos temporais (risos), mas meu principal receio era deixar minha família que, até então, nunca esteve longe de mim”, continua.
No mesmo ano da vinda de Thais, a dona de casa resolveu voltar ao estado da Bahia, devido a não adaptação no interior paulista. “Lá fiquei por mais oito meses. Entretanto, estava sendo inviável arcarmos com duas despesas: umas aqui e outras em Nazaré das Farinhas, por isso, voltei”.
Desde sua volta, passaram-se sete anos. “Até que me acostumei com o local. Aprendi a gostar do sossego, percebi que aqui minhas filhas possuem melhor acesso à educação e prezo muito por isso. É obvio que vi grandes diferenças entre o povo daqui e o de lá. Em São Paulo, são todos mais reclusos e não gostam de interação como o baiano gosta”, comenta.
Apesar da perda da mãe e da distância de sua família, Thais Amarentino se considera uma pessoa feliz. “Não tenho do que reclamar, pois tive uma infância feliz, aproveitei minha juventude e sou filha de uma mãe maravilhosa. Hoje, ela é quem me motiva. Quero ser como minha mãe e cuidar das minhas filhas como ela cuidou dos dela. Sou forte porque ela foi forte”, finaliza.