O time de basquete cosmopolense, Blue Wings, enfrenta o time de Hortolândia nas semifinais da Liga Metropolitana de Basquete no domingo (08). Caso os cosmopolenses vençam na melhor de três, na qual já estão em vantagem com a vitória da primeira partida, será a primeira vez que participarão de uma final pela Liga desde sua formação.
A equipe tem apresentado uma evolução constante desde sua formação em 2011, deixando uma grande expectativa para 2017.
Um dos fundadores da Associação Atlética Cosmópolis, Felipe I. Braga Ogando, lembra que o início do time foi marcado com algumas derrotas, mas, com o passar dos anos, a equipe passou a melhorar. “Em 2011 e 2012, perdemos mais do que ganhamos na Liga Metropolitana de Basquete, mas, 2013 e 2014, tivemos campanhas sólidas em que praticamente empatamos o número de vitórias e derrotas. Em 2015, a equipe adulta não foi tão bem e ficou fora dos playoffs, porém, o sub22 se sagrou vice-campeão. Já em 2016, voltamos aos playoffs e conseguimos a terceira colocação”.
Para eles, o objetivo, sem dúvidas, é o título, considerado importante pelo nível alto da competição. Exemplo desse nível é a equipe de Hortolândia, adversária de Cosmópolis nas semifinais, que possui atletas com passagens por equipes profissionais e com experiências em diversas competições nacionais.
Ganhar não será fácil, mas a equipe, diante aos bons resultados, se mantém motivada. “Para conquistar o título, teremos que nos superar e jogar muito basquete, mas nosso elenco está muito bem entrosado e focado. E o mais legal é saber que, desde a nossa primeira participação (2011), a cada ano, estamos conquistando posições melhores”.
Felipe explica que participar da Liga Metropolitana de Basquete é muito importante para a modalidade no município, já que, dessa forma, o time passa a ser evidência da região, auxiliando na busca de patrocinadores e apoios.
Combinações necessárias para garantir a sobrevivência do time, que teve seu orçamento apertado depois da crise econômica e o aumento dos custos ao passar dos anos.
“Nos primeiros anos, nossos gastos giravam em torno de R$ 3 mil, sendo que esse valor foi custeado quase que integral pela RevestGroup, que também doou o uniforme que usamos hoje e ajudou na reforma da quadra do CAMP. Entretanto, neste ano, os gastos podem chegar a quase R$ 15 mil, contando com aluguel da quadra para os treinos e inscrição para a Liga, que subiu para R$ 1 mil”, conta o fundador.
Para driblar esse desfalque financeiro, a Associação tem promovido sorteio de prêmios, vendas de pizzas e camisetas. Apesar desta venda ter sido patrocinada, custeando a confecção das camisetas, o valor arrecadado com essas ações não alcançou a quantia desejada para realizar investimentos em infra-estrutura, como, por exemplo, a compra de bolas, coletes, placar e uniforme para a escolinha, o que preocupa a Associação.
Além da representação, a participação da equipe na Liga significa motivação dos atletas para continuarem praticando o esporte. “A participação de competições é um estímulo muito importante e isso atua em cadeia com os mais jovens que acabam tendo a equipe adulta como um espelho”.
A categoria de base é formada por crianças e adolescentes, de 9 e 19 anos, que realizam os treinos na escola de basquete.
“A Liga atua como um ótimo agregador de interessados em jogar basquete em Cosmópolis e assim contribuindo para nosso objetivo maior que é difundir a modalidade em nossa cidade”, finaliza Felipe.
Quem são
No início, 2011, eram 20 atletas adultos que se reuniam para praticar basquete. Mas, hoje, já são 37 atletas adultos, 48 crianças abaixo dos 13 anos e 29 adolescentes de 13 a 19 anos que treinam ao menos cinco vezes. Ou seja, em seis anos, a associação saltou de 20 pessoas para quase 120.
A formação se deu em 2011 com o amor de Felipe e outros 19 jogadores de basquete. Assim que ele voltou para a cidade, decidiu reativar o time que existia na cidade tempos atrás. “Junto de alguns amigos, começamos a treinar no Ginásio Municipal aos sábados à noite”. Com o tempo, o grupo foi crescendo e, em outubro do mesmo ano, se formou a Associação Atlética de Cosmópolis.
No início, eles buscavam difundir a prática do basquete pelo município e, à medida que a Associação foi adquirindo mais praticantes, foi necessário iniciar também a busca por patrocínios.
Os anos foram se passando e as conquistas foram vindo, melhor infra-estrutura, consequentemente, melhores resultados em competições.
Em 2011, a equipe tinha direito a somente duas horas semanais de quadra. Já, hoje, os praticantes têm 16 horas de treino.
No passado, todos os materiais, bolas, coletes, uniformes e quadra, eram todos cedidos pela Prefeitura Municipal de Cosmópolis. Já, atualmente, a Associação possui todos os materiais.
Em termos de estrutura, Felipe destaca que a reforma da quadra do CAMP foi uma das maiores conquistas. “Nesse projeto, tivemos um apoio essencial do CAMP que, cordialmente, nos cedeu o espaço e da RevestGroup, que realizou a reforma do piso, deixando o restante, como pintura das paredes, compra das tabelas, aros e redinhas, por conta da Associação.
A vantagem
Para a semifinal, o Blue Wings já apresenta vantagem, já que venceu o primeiro jogo da melhor de três contra os hortolandenses com o placar de 67 X 61.
Na campanha, o time ficou em segundo colocado do Grupo A com cinco vitórias e uma derrota.
Nas quartas de final, melhor de três, o time venceu o TQL, terceiro colocado do grupo B.