A traqueobronquite infecciosa canina, mais conhecida como a “tosse dos canis”, é uma condição que afeta o sistema respiratório e costuma se desenvolver em lugares onde vive uma grande quantidade de cães, como canis. Este fato foi o que deu o nome popular a esta condição.
Causa
A tosse dos canis é uma condição de caráter viral, altamente contagiosa, produzida, principalmente, pelo vírus da Parainfluenzacanina ou pelo Adenovírus canino tipo 2. “Agentes que debilitam o trato respiratório e, como consequência, facilitam a entrada de bactérias oportunistas como a Bordetellabronchiseptica, produzindo uma infecção bacteriana e piorando o estado clínico do animal”, explica a médica veterinária Natalia Idalgo de Queiroz.
Segundo a veterinária, essa doença é mais comum no inverno, “devido ao clima frio, onde o ambiente é perfeito para o transporte de vírus e de bactérias. O tempo seco dificulta a dispersão das partículas e secreções, que acabam suspensas no ar por mais tempo”, esclarece.
Transmissão
As formas de transmissão mais comuns se dão através do contato direto entre cães, ou contato indireto, pelo ar, através de secreções respiratórias (aerossóis). Os agentes podem ainda se disseminar rapidamente por fômites (objetos como vasilhas de água ou de alimentos), em ambientes intensamente contaminados.
Atinge quais animais?
Principalmente, os cães. O agente que causa uma infecção secundária na Tosse dos Canis, a Bordetella bronchiseptica, pode estar associado ao Complexo Respiratório Felino (uma infecção do trato respiratório), porém, existem poucas informações sobre a intensidade que a patogenicidade alcança nos gatos. Dessa forma, a importância clínica não é conhecida, já que essa bactéria é isolada de muitos gatos sadios.
Sintomas
Os principais sintomas são tosse em variados graus, “que é agravada pela atividade ou excitação, espirros, secreção nasal purulenta e falta de apetite. Esses sinais podem se agravar caso ocorra uma infecção secundária, observando-se febre, anorexia e dispneia. Podem haver também situações de engasgo, ânsia e vômito. Nos casos mais graves, podem ser observadas tonsilite, rinite, conjuntivite, pneumonia intersticial e broncopneumonia”, pontua a médica.
Prevenção e tratamento
A prevenção ocorre por meio da vacinação. “Além disso, é necessário um controle ambiental. Lugares arejados, limpos e com poucos animais diminuem muito a probabilidade de contágio. No caso de suspeita, recomenda-se que o animal seja isolado, para evitar a proliferação da doença. A desinfecção do ambiente também é recomendada. O tratamento vai variar de acordo com o estágio que a tosse dos canis se encontra. É feito com antibióticos e anti-inflamatórios a critério do veterinário”, explica Natalia.
A veterinária afirma que a tosse dos canis pode até ser fatal, mas é rara. “Somente em casos de animais com a imunidade baixa e que se acometam com infecções secundárias”, diz.