Trabalho preventivo contra a Dengue é permanente na cidade

Em 2021, Cosmópolis teve 40 casos notificados e 10 não confirmados

Convidamos Edimar Lopes de Almeida, Coordenador da Unidade Vigilância de Zoonoses para falar sobre o trabalho de prevenção à Dengue em Cosmópolis e também sobre a situação e os casos na cidade. Acompanhe.
Como está o trabalho de prevenção à Dengue em Cosmópolis?
“É importante ressaltar que o trabalho preventivo é permanente e são mantidas todas as ações pertinentes ao controle da doença há mais de 20 anos, sem interrupções.
A equipe de combate às endemias da Secretaria de Saúde Prefeitura Municipal está diariamente realizando as visitas de casa em casa, executando todo o trabalho de educação junto à população em todo o município, inviabilizando e inutilizando os criadouros do Mosquito que podem ser: pneus, latas, garrafas, pratos de vasos, caixas d’ água, tonéis, entre outros. Outra atividade realizada pelos agentes são as inspeções em pontos estratégicos, tais como: ferros velhos; empresas de transporte de cargas; borracharias e afins; cemitérios, oficinas e outros imóveis comerciais, ocupados ou desocupados que possuam concentração de recipientes potenciais de infestação do Aedes aegypti”.

Há quantos casos já registrados em 2021?
“Notificados = 40; confirmados = 10. Não houve nenhuma morte”.

Como foi o balanço total de 2020? Houve algum registro de morte?
“Notificados = 327; confirmados = 95. Não houve nenhuma morte”.

Em qual área da cidade houve maior incidência de casos?
“Em 2020, a maior incidência foi nos bairros Jardim de Faveri, Bader José Aun e Centro.
Em 2021, os casos estão bem distribuídos e, como são poucos, ainda não há condições de indicar um local de maior incidência”.

Quais são as dicas para a população contribuir com o combate à doença?
“Para combater o mosquito, são necessárias mudanças simples de atitudes e hábitos o ano inteiro, porém, o cuidado deve ser redobrado nesta época do ano, com o objetivo de conscientizar e mobilizar a sociedade em geral para a importância de eliminar os focos do Aedes aegypti e, com isso, reduzir a dengue, a zika e a chikungunya.
Outras recomendações:
– Tampe os tonéis e caixas d’água;
– Mantenha as calhas sempre limpas;
– Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
– Mantenha lixeiras bem tampadas;
– Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
– Limpe semanalmente vasos de plantas;
– Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
– Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa”.

Fale sobre a doença, tipos, sintomas…
“Dengue é uma doença febril grave de curta duração causada por um arbovírus. Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele.
Os principais sintomas da dengue são febre alta > 38.5ºC; dores musculares intensas; dor ao movimentar os olhos; mal estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo.
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso, pode levar até à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos, também apresenta manchas vermelhas na pele.
Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados. (Fonte consultada: Ministério da Saúde)”.

Edimar finaliza, “lembrando que este mesmo mosquito ainda transmite o vírus da Zika que, entre outros sintomas semelhantes aos da Dengue e Chikungunya, se contraído por grávidas, pode causar malformações no feto como, por exemplo, a microcefalia”.

Edimar Lopes de Almeida Coordenador da Unidade Vigilância de Zoonoses