O treinamento funcional é considerado o futuro dos exercícios físicos. Em alguns países, já substituiu a combinação “musculação e atividade aeróbica”. No Brasil, está sendo introduzido aos poucos nas academias, mas, onde chega, faz sucesso. “Esse treino é mais divertido, mais lúdico e menos chato que o convencional.
“O importante é que não se pratica exercícios localizados, e sim, padrões de movimentos, como puxar, empurrar, arremessar, agachar e levantar e o tronco. Cumprir uma tarefa, em vez de uma série de musculação, envolve muito mais músculos”, diz o especialista Saulo Santos. A musculação é muito eficiente para a hipertrofia, que não é o objetivo central do funcional. Ao contrário do funcional, a musculação consegue trabalhar os grupos musculares isoladamente e com mais especificidade.
Acessórios são utilizados nos treinos de força
É por essa razão que o treinamento funcional é conhecido por melhorar a execução de atividades do cotidiano. Por isso, virou uma alternativa para quem estava cansado dos exercícios mais tradicionais na academia.
Para trabalhar a musculatura profunda, são utilizados acessórios como elásticos, cordas, bolas, cones, discos e hastes. É um método que ajuda a prevenir lesões, gera melhorias cardiovasculares, a redução do percentual de gordura, emagrecimento e definição muscular.
“A possibilidade de combinar diferentes habilidades, como o treino aeróbico com o de equilíbrio, cria uma infinidade de variações e acabam com a monotonia, tornando, inclusive, o corpo mais ‘inteligente’”, explica Saulo Santos, coordenador e professor do estúdio Saulo Santos, que criou sua própria metodologia de treino.
O gasto médio em uma hora de aula é 800 calorias. Correndo durante o mesmo tempo, gastam-se cerca de 600 calorias. “Isso também depende de cada indivíduo e do nível de condicionamento físico dele”, ressalta Saulo.
Antigamente indicado apenas para atletas, por ser considerado um exercício de alto esforço, hoje, o treinamento funcional pode ser praticado por todas as pessoas, independente de idade e sexo. De acordo com o fisiologista, o método
Saulo Emanoel Ribeiro dos Santos
Fisiologista do Exercício
CREF: 052505 G/SP
www.saulosantos.com.br (019) 99185-7960
abrange todos os níveis de preparo físico, desde a reabilitação de lesões até o desenvolvimento atlético. O que muda é a intensidade da aula.
Um ponto que gera polêmica até entre os treinadores é se o exercício funcional consegue ou não gerar hipertrofia muscular. Segundo o professor Saulo, o treinamento praticado com dedicação, agrega volume e definição muscular, com a vantagem de manter a harmonia estética.
“No funcional, a hipertrofia se dá de maneira sistêmica e harmônica, tanto da parte superior quanto inferior do tronco. O treinamento funcional é muito mais completo para garantir o condicionamento físico para as atividade diárias, e pode, sim, ser substituto da musculação”, afirmou.
Ele, inclusive, recomenda a prática dos dois métodos em paralelo, para garantir condicionamento físico, força, potência e definição musculares. Se prefere ficar com apenas um, agora você já pode escolher.
A frequência considerada ideal é três vezes por semana. Mas Saulo lembra que a quantidade de sessões varia de pessoa para pessoa. “Depende do que é melhor para o praticante, segundo seus objetivos, suas condições físicas e suas limitações. Como em todo exercício, deve-se respeitar a individualidade”.
