Três artistas de Cosmópolis são convidados para participar de uma banda a bordo de navio cruzeiro

Projeto musical proporciona experiências únicas e desafios durante as viagens pelo Brasil em alto mar

Daniela Christina de Andrade e Silva, Nathalia Salles e Carlos Eduardo Moreira dos Santos, conhecido como Cadu Moreira, fazem parte de um projeto musical que os levou a participar de um navio cruzeiro pelo Brasil, trazendo uma oportunidade única para suas carreiras e a vivência de experiências em alto mar.

Daniela
Daniela Christina de Andrade e Silva, aos 25 anos, encontrou a porta de entrada para essa experiência por meio do podcast “Artistas de Sucesso”. O convite veio do tecladista da banda Casa das Máquinas, Mário Testoni. “Tivemos contato com o Mário através do podcast, trocamos contatos e, assim que ele precisou de backing vocals na banda, nos chamou!”, conta Daniela.
A cantora fala de como foi receber o convite para esta experiência: “Foi muito bom! De alguma forma, todos queremos ser reconhecidos por algo que fazemos e amamos. Ter essa oportunidade é muito especial”, comenta.
Daniela já teve outros trabalhos como cantora antes, mas, para ela, esta experiência tem sido a mais marcante. “Olha, já cantei em deck em cima de piscinas, perto de lagoas, mas nunca num ‘prédio flutuante’ em cima do mar! Da maneira como trabalhamos, tenho contato bem próximo com o tipo de produção que eu almejo trabalhar, a equipe é gigante, as decisões são tomadas pelo artista e diretor de produção, e do jeito que eu comecei, tudo foi feito de forma ‘caseira’; eu sou a minha equipe de marketing, luzes, montagem de palco, etc… ver de perto como funciona esse nível de organização é uma realização para mim”.
Sobre os desafios de se apresentar em um ambiente tão diferente, como o navio, Dani destaca a necessidade de equilíbrio devido ao movimento do navio. “Exige muito equilíbrio. Como eu não tenho muito enjoo, já me acostumei… mas no primeiro dia de ensaios, passei mal, o navio iniciou o trajeto e eu senti cada centímetro de onda que atravessamos”, explica.

Nathalia
Nathalia Salles Eduardo, de 21 anos, recebeu o convite de Mário Testoni após tê-lo convidado para participar de seu podcast “Artistas de Sucesso”, em que apresentava com Daniela. O convite veio em um momento delicado, quando perdeu perdeu alguém muito importante. “Não sei ao certo o que eu senti, foi uma mistura de sentimentos. Uma proposta de trabalho tão boa em um dia tão triste e pesado. Foi a proposta que eu precisava para aliviar meu coração naquele momento, estranho dizer isso… mas acho que veio na hora certa”, explica.

Nathalia conta que seu trabalho principal era como vocalista solo. Com esta oportunidade, ela encontra-se fazendo backing vocal de músicas autorais nos teatros de alto nível dos cruzeiros. “Meu trabalho principal sempre foi solo, dupla ou até banda, mas na maioria das vezes como vocalista principal, em casamentos, restaurantes, eventos… Nesse trabalho, arranjamos os backs e fazemos backing vocal de músicas autorais. Nos apresentamos em um teatro de alto nível e equipamentos de outro patamar, fico deslumbrada demais. Conhecemos e trabalhamos com artistas de diversas nacionalidades… tem sido uma experiência maravilhosa”, conta.
Para a artista, a experiência tem sido desafiadora e agregadora para sua carreira. “Têm dias que o navio balança bastante; nos dias de show, usamos salto alto e vestido, treinamos muito nosso equilíbrio. E nos primeiros cruzeiros, nos perdemos bastante lá dentro, chegamos a nos atrasar para um ensaio porque demos várias voltas e não achamos o teatro”.

Cadu Moreira
Carlos Eduardo Moreira dos Santos, integrante da banda Casa das Máquinas há 7 anos, compartilha como o convite para o projeto dos cruzeiros surgiu: “A banda já vinha pleiteando uma participação em um dos cruzeiros, mas foi quando o artista Edu Cristófaro quis formar uma gig, que Mário Testoni, líder do Casa das Máquinas, convidou a banda toda para participar do projeto”, explica.
O guitarrista conta que sentiu-se muito feliz ao ser convidado para participar da banda como guitarrista, e assim embarcar nesta experiência no cruzeiro, em alto mar. “É uma sensação maravilhosa. A sensação do trabalho nos levar a lugares onde dificilmente eu teria acesso ou imaginaria estar”.
Os desafios de tocar em um ambiente marítimo não intimidam Cadu, que vê tudo como parte da emoção do momento. “Tocar em um navio, na maioria das vezes, não tem diferença alguma de um show em ‘terra’.”
A rotina a bordo inclui ensaios, apresentações e momentos livres. “Atualmente ensaiamos em um dia e tocamos em outro. No dia de ensaio e apresentação, tento não fazer atividades físicas, como academia, até para evitar qualquer tipo de acidente”, finaliza o guitarrista.