Túnel cavado para furtar combustível tinha escoras de madeira

O túnel, descoberto por Policiais Civis na segunda-feira (22), em Artur Nogueira, que seria utilizado para furtar combustível da Petrobras, possuía sistema de iluminação e também escoras de madeira.

O local, onde o túnel foi escavado, era um alojamento desativado, com mais de quarenta quartos. O alojamento foi construído por uma construtora, que utilizava o local para hospedar funcionários, que trabalharam na construção de um conjunto habitacional, do Programa Minha Casa Minha Vida.

Como o alojamento fica próximo ao duto, os criminosos alugaram o local. Segundo o proprietário do terreno, um sitiante, ele alugou o local há cerca de um mês.

Segundo ele, o contrato ainda não havia sido feito.

Os criminosos utilizaram o último quarto, próximo ao muro, para iniciar as escavações do túnel.

No quarto, onde o túnel foi descoberto, sacos de terra estavam amontoados. Dentro do buraco, com cerca de três metros de profundidade, uma extensão elétrica levava energia para dentro do túnel.

O túnel, com cerca de quinze metros de distância, era escorado por caibros. Segundo o proprietário do alojamento, os caibros utilizados estavam guardados em um dos quartos. Os criminosos utilizaram o madeiramento sem sua autorização. Somente após a descoberta do túnel, que ele percebeu que seu madeiramento havia sido utilizado.

Na noite de segunda-feira, técnicos da Petrobras foram até o local para avaliar como o reparo poderia ser realizado.

De dentro do túnel saía uma mangueira, que estava ligada ao duto de combustível. A tubulação da Petrobras liga a refinaria de Cosmópolis a uma unidade da empresa em Brasília.

O cheiro de óleo diesel no quarto onde o buraco foi escavado era forte.

Funcionários, de uma empresa a serviço da Petrobras, avaliavam o local para saber como as obras de reparo seriam executadas.

O serviço de reparo no túnel só foi iniciado na manhã de terça-feira (23).

A Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras, que opera o duto, foi consultada sobre a ocorrência. No entanto, até o fechamento desta reportagem, ela não havia se manifestado.