Assim como outros componentes do carro, o sistema de freios é um dos principais de segurança e exige alguns cuidados com seus itens, que são: fluido de freio, cervo de freio, cilindro mestre, pastilha, lona, pinça de freio, entre outros.
O empresário e mecânico Adriel Nogueira de Azevedo explica que o fluido de freio é o que auxilia na pressão do sistema de freios. “Depois, vem o cervo freio, que amplia a pressão do fluido; em seguida, está o cilindro mestre, que direciona a pressão do fluido para as rodas dianteiras e traseiras. Posteriormente, vem a pastilha de freio, que, no mercado nacional, costuma vir na roda dianteira em carros populares; existe também a pinça de freio, que dá pressão no sistema de freio para segurar o carro. Já na roda traseira, existem o sistema de lona e diversos outros componentes, como cilindro de roda. Esses itens são os mais básicos do freio”, informa.
Sintomas
O especialista ressalta que o fluido de freio é o componente que mais precisa de atenção aos seus sintomas. “Sua função é gerar pressão hidráulica no sistema, para pressionar a pastilha contra o disco, gerando um atrito; através deste atrito, é gerado calor que segura o carro. Portanto, ele é de extrema importância para os demais componentes funcionarem”, afirma.
O principal sintoma de que o fluido de freio está vencido ou contaminado é quando há uma perda de pressão no pedal, que fica meio ‘elástico’. “O fluido pode ser contaminado pela própria umidade do ar, porque ele é à base de glicol, que tem álcool em sua composição, enquanto que a água possui, claro, moléculas de água, diferente do fluido. Então, o carro fica com o freio com muito menos precisão do que o normal de fábrica dele”, explica o profissional.
Adriel acrescenta que, no caso da pastilha e da lona, o sintoma é o ruído, que indica que eles chegaram em seu desgaste mínimo exigido. “Já na parte de mangueira e cilindro, eles apresentam vazamento de óleo. O motorista vai perceber umidade próximo à roda. Esse sintoma indica que a situação é bastante grave e pode deixar o carro totalmente sem freio, representando grande risco”, adverte ele.
Geralmente, o sistema de freios não prejudica outros componentes; mas, o mecânico afirma que podem haver exceções. “Por exemplo, vazamento na roda traseira pode danificar o sistema de lona, porque o óleo penetra nela e a contamina; nesse caso, deve ser feita a substituição, mesmo que ela esteja em bom estado. Na roda dianteira, um vazamento poderia agredir a borracha do pneu, mas somente em longo prazo. Contudo, não daria tempo de isso acontecer porque, com certeza, o veículo já estaria sem freio”, observa ele.
Disco de freio tem a função de diminuir a velocidade do carro enquanto entra em contato com as pastilhas
O que fazer?
No caso de ficar sem freio, havendo a possibilidade, o especialista aconselha tentar utilizar o freio motor juntamente com o freio de mão. “O motorista deve ir reduzindo as marchas e auxiliando com o freio de mão. Nunca deve puxar somente o freio de mão, porque o carro pode rodar e causar acidentes maiores, o que acontece com frequência quando as pessoas se desesperam com a situação. Não havendo possibilidade, é complicado, porque o motorista teria que ter feito a revisão preventiva!”, recomenda Adriel.
Revisão preventiva
O sistema de freios tem alguns componentes que têm validades diferentes. “A parte de troca de fluido e verificação de desgaste deve ser feita a cada ano, ou quando atingir os 10 mil km, principalmente, porque o fluido contamina muito facilmente. Já a pastilha geralmente é trocada entre 30 mil km, ou se atingir a espessura mínima de segurança, de 2 mm. Existem também o cervo freio e cilindro, que devem ser verificados a cada 30 mil, mesmo que não tenha apresentado nenhum defeito”, informa o mecânico.
Como o sistema de freios engloba muitos componentes, eles muito raramente são trocados juntos. “Geralmente, são vistos pastilha e disco, traseira e tambor, e lona e cilindro. Em média, a troca de pastilha e disco custa de R$150 a R$200 reais. O sistema de freio traseiro é um pouco mais custoso, que tem cilindro, lona, tambor, etc., custando em média de R$ 350 a R$ 400”, indica o especialista.
Contudo, a ênfase é dada para a revisão preventiva, que custa muito menos e garante a segurança dos passageiros e de terceiros. “A limpeza de sistema, regulagem e troca de fluido custam, todos juntos, de R$ 80 a R$ 100. Compensa bem mais financeiramente, além de ser essencial para a segurança do dia-a-dia”, finaliza Adriel.
Adriel Nogueira de Azevedo, proprietário e mecânico.
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