Uso noturno de eletrônicos prejudica o sono e traz complicações

O mundo digital já faz parte da sociedade. Quase todas as pessoas possuem celulares smartphones ou tablets, usados tanto para a vida social, quanto profissional. A maioria passa o dia todo e os sete dias da semana conectada à rede. Contudo, a permanência constante em frente às telas dos aparelhos pode ser prejudicial em vários aspectos, especialmente quando o assunto é o sono.

De acordo com o neurologista e especialista em sono, Dr. Shigueo Yonekura, as luzes das telas eletrônicas podem atrapalhar o sono diretamente. “Isso porque a produção de melatonina, hormônio que ajuda as pessoas a adormecerem, pode ser inibida pela luz, principalmente vinda da parte azul do espectro. A luz à noite pode confundir o organismo, fazendo-o acreditar que é dia, o que aumenta o ritmo dos batimentos cardíacos, além de fazer com que a pessoa fique mais alerta”, explica.

O uso constante de aparelhos eletrônicos no período da noite pode interferir na qualidade do sono e prejudicar a rotina no dia seguinte, especialmente em longo prazo. “A supressão de melatonina pode causar sérios problemas à saúde. O composto bioquímico é produzido pela glândula pineal do cérebro durante a noite, quando está escuro, para regular o nosso ciclo de sono-vigília. Ele reduz os níveis de glicose, temperatura do corpo e a pressão arterial, que são os principais responsáveis para se ter um sono reparador. A melatonina aprofunda o sono levando ao relaxamento total. Além disso, o hormônio é fundamental para a manutenção de atenção, memória, raciocínio e humor”, informa o especialista.

As luzes são tão prejudiciais porque afetam nosso ritmo circadiano. “Já que o cérebro não sabe diferenciar a luz artificial da natural, ocorrem os distúrbios do sono. As nossas funções biológicas são controladas pela ausência ou presença de luz, independente de qual seja ela”, afirma Dr. Shigueo.
Dentre os sintomas de uma noite mal dormida, estão as dores no corpo, mau humor, esgotamento e queda de rendimento. “Inclusive, uma noite de sono ruim e conturbada prejudica a atenção e a memória, além de afetar a circulação sanguínea e o coração. Quem não dorme bem está mais propenso à infecções, obesidade, hipertensão e diabete”, observa o Neurologista.

Mesmo com tantas complicações devido ao uso constante dos celulares smartphones e tablets, a funcionalidade e praticidade que estes eletrônicos oferecem dificilmente serão deixadas de lado no dia-a-dia. Crianças, jovens e adultos estão cada vez mais presos às telinhas e, muitas vezes, passam boa parte da madrugada conectados. “Quem não consegue ou não pode cortar o uso dos aparelhos à noite, pelo menos a pessoa deve reduzir o tempo de exposição à luz azul e manter mais distância dos olhos. Algumas pessoas procuram usar óculos laranja para bloquear comprimentos de onda da luz, mas a melhor solução mesmo é evitar os eletrônicos à noite”, conclui o especialista.

Dr. Shigueo Yonekura,  Neurologista e  Especialista em Sono CRM: 44519  Instituto de Medicina e Sono de Campinas Contato: (19) 3232.0588

Dr. Shigueo Yonekura,
Neurologista e
Especialista em Sono
CRM: 44519
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