Silvio Baccarin, que estava à frente de duas Secretarias, responde, a partir de agora, somente pelo Saneamento Básico
“Apesar de assumir a Secretaria de Saúde neste momento, trabalha neste setor há 11 anos”
Nesta semana, uma nova profissional assumiu a pasta de Saúde de Cosmópolis. Desde a última segunda-feira, 02 de março, Valéria Cristina de Almeida assumiu a referida secretaria municipal. A equipe da Gazeta de Cosmópolis conversou com a profissional, que foi questionada sobre a mudança. “Estamos entrando em um período político importante. O Baccarin pretende continuar e concorrer nas próximas eleições e, por uma questão de legislação, ele teria que ser afastado. Porém, ele teria que se afastar até o início do mês de abril, que é quando começa o período realmente. Por isso, ele preferiu já se ausentar de uma das secretarias para se preparar e precaver esta pasta para não sair de forma repentina”, explica a Secretária.
Currículo
Valéria é Assistente Social e concursada da Prefeitura Municipal de Cosmópolis há 23 anos. Valéria assumiu a pasta de Saúde na última segunda-feira, 02, porém, apesar de assumir a Secretaria de Saúde neste momento, trabalha neste setor há 11 anos.
Gazeta de Cosmópolis: Qual o primeiro trabalho que desenvolverá frente à Secretaria de Saúde?
Valéria Cristina de Almeida: “Existe uma continuidade dos trabalhos. Como estou na gestão há muitos anos, só vou dar continuidade no trabalho que já vínhamos desenvolvendo junto da equipe”.
Gazeta: Como a Secretária vê a saúde Cosmopolense em todos os aspectos?
Valéria: “Acredito que, durante esses três anos, desenvolvemos um bom trabalho frente à Secretaria de Saúde. O Prefeito sempre apoiou muito nosso trabalho. Uma equipe que tem muitos anos de experiência na área. Quando o Baccarin chegou a esta nova gestão, construiu um planejamento junto conosco, que nos permitiu fazer todo um trabalho.
Fizemos um grande investimento na saúde em relação a consultas, exames, tivemos grande apoio por parte dos vereadores, emendas parlamentares que ajudaram muito a trazer recursos para que nós conseguíssemos transporte.
Nossa frota, que estava sucateada, foi totalmente renovada. Agora, com a inauguração do AME em Campinas, que traz vários procedimentos, conseguimos um micro-ônibus para transportar esses pacientes e realizar os procedimentos. Também conseguimos alguns veículos para transportar pacientes de saúde para outras regiões, procedimentos que não são de responsabilidade do município, mas, do estado, que são de alta e média complexidade”.
Gazeta: Como lidar com algumas das reclamações de moradores sobre o atendimento?
Valéria: “Nós temos o Programa Mais Médicos no município, um programa do Governo Federal. Nós estamos com uma defasagem de médicos; estávamos com uma defasagem de cinco e, agora, de seis, porque, nesta semana, saiu mais um. São médicos que estão no programa e conseguem passar em residências, mas, acabam saindo do programa. Existe uma demora para a reposição destes profissionais, que chega a ser de seis meses. Isso reflete diretamente no atendimento da atenção básica.
Quem atende nas unidades, nos chamados postinhos de saúde, são esses profissionais. Então, eu dependo deles, da reposição de profissionais. Mais uma questão que não depende do município. Já estamos cobrando constantemente a reposição desses profissionais junto ao Governo Federal, contudo, é um problema generalizado no país todo”, explica a profissional.
Gazeta: Como será a convivência com o Conselho Municipal de Saúde?
Valéria foi Conselheira Municipal de Saúde e garantiu ter boa relação com os conselheiros. “Sempre apoiando o trabalho deles, visto que o controle social é extremamente importante. Será uma convivência harmoniosa, como sempre teve”, afirma ela.
Gazeta: Como a Secretária trabalhará na gestão dos recursos da Saúde?
Valéria: “Fizemos investimentos através da reformatização e também através de emendas parlamentares. Recebemos muito apoio por parte dos vereadores. Sempre digo que não trabalhamos sozinhos. O prefeito sempre apoiou e investiu na saúde, o secretário anterior também colaborou muito neste sentido, de fazer um planejamento para colocar o recurso onde realmente havia um estrangulamento, uma real necessidade”, agradece Valéria.