Vamos falar de assexualidade?

É uma orientação sexual tão válida quanto qualquer outra, como por exemplo a heterossexualidade ou a homossexualidade

Juh Brilliant
Escritor, pedagogo e fotógrafo
@juh_brilliant

A assexualidade é uma orientação sexual caracterizada pela falta de atração sexual em relação a qualquer gênero, de maneira total, parcial ou condicional. As pessoas assexuais podem experimentar, em alguns âmbitos, atração sexual, sim, mas outras formas de atração também, como atração romântica, estética, emocional etc.
É importante compreendermos, enquanto sociedade, que a assexualidade não é uma escolha, nem é um problema que precise ser resolvido. É uma orientação sexual tão válida quanto qualquer outra, como por exemplo a heterossexualidade ou a homossexualidade.
Há diversos equívocos que são frequentemente relacionados à assexualidade por falta de informação ou conhecimento, como resumir esta orientação ao celibato – que é, literalmente, uma escolha consciente, e não uma parte de uma orientação sexual intrínseca. Outros mitos, infelizmente comuns, são que pessoas assexuais não têm vida romântica ou afetiva, que estão passando por uma fase, ou, ainda, que podem ser curadas. Nada disso é verdade.
A inclusão da assexualidade na sigla LGBTQIAPN+ é importante por múltiplas razões. Primeiramente, reconhece que a diversidade sexual vai além da atração sexual apenas. Também combate o estigma e a discriminação que as pessoas assexuais enfrentam, em todas as esferas – muitas vezes dentro da própria comunidade LGBTQIAPN+.
É importante salientar que o termo “assexuado” está errado. O correto é “assexual” – mas se bater a dúvida na hora de falar, pense que usamos homossexual, heterossexual etc., logo: assexual.
Pode ser de difícil identificação, caso você não seja uma pessoa assexual, mas promover o reconhecimento e a compreensão da assexualidade ajuda a criar uma sociedade mais inclusiva e respeitosa para todos, e o conhecimento que possa faltar, está, literalmente, nas palmas de nossas mãos, por toda internet, revistas e estudos publicados. Desta forma, a identificação de fato nem precisa acontecer, mas o respeito e não deslegitimação desta orientação sexual são fundamentais, assim como para com todas as outras.

Livro: “A de Assexual” – Cláudia P. Costa.
Série: “Sex Education” – Netflix.
Para seguir: @assexualidade.brasil (Instagram).