Veja os problemas que a obesidade infantil desencadeia ao longo da vida

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade

A Organização Mundial da Saúde afirma que, atualmente, a obesidade é um dos problemas mais graves de saúde pública que temos que enfrentar. O Ministério da Saúde e a Organização Panamericana da Saúde apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.
A obesidade é caracterizada por IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30kg/m² para adultos e IMC para idade acima da média de referência da tabela da curva de crescimento infantil. Mais importante que classificar a obesidade isoladamente através do IMC, é identificar os problemas metabólicos que o acúmulo de gordura traz. Também é válido avaliar a composição corporal na obesidade através das circunferências de abdômen, cintura e quadril, entre outros métodos, para obter uma avaliação e diagnóstico completo e individualizado.
A obesidade infantil tem como uma das causas os fatores genéticos, como associação de genes dos pais com sobrepeso ou obesidade antes da gestação. Além dos fatores genéticos, há os fatores ambientais, sendo caracterizados através da má alimentação e sedentarismo. Nem sempre a obesidade está associada a excessos de consumo alimentar, podendo também ser desenvolvida por disfunções hormonais.
Os riscos que a obesidade infantil traz para a vida adulta afeta todos os sistemas do corpo. Aumenta os riscos para desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s) como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, como hipertensão, AVC, câncer, disfunções hormonais, problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, compulsão alimentar, doenças respiratórias, entre outros. Cada uma dessas doenças deve ser avaliada e tratada em conjunto com médico, nutricionista e, se possível, a atividade física.
A alimentação tem um fator muito importante a ser considerado na prevenção e tratamento da obesidade. O leite materno é o primeiro alimento e mais completo na vida do bebê, sendo capaz de reduzir o desenvolvimento de diversas doenças na vida adulta, inclusive, a obesidade. Na introdução alimentar, é muito importante que ocorra a exposição da criança aos alimentos naturais, em diferentes formas de preparo e ofertado diversas vezes, para que a criança conheça o sabor de cada alimento e aceite e busque a alimentação saudável conforme for crescendo.
Atualmente, há um consumo elevado de alimentos industrializados e ultra processados, com baixo consumo de alimentos naturais como as frutas, verduras e legumes. Sendo assim, há possibilidades de desenvolver carências nutricionais devido ao padrão alimentar pobre em nutrientes, dificultando o desenvolvimento e crescimento adequado da criança. Por isso, é tão importante evitar a exposição a alimentos industrializados, ricos em açúcares e gorduras na primeira infância.
Portanto, uma alimentação saudável deve ser incluída em todas as fases da vida, para atuar como prevenção de doenças, e caso houver alguma doença estabelecida, deve ser tratada como prioridade para evitar futuras complicações de saúde.
Promova hábitos saudáveis e rotinas em sua casa, buscando saúde e qualidade de vida para toda a sua família. Invista em alimentos naturais, pratique atividade física, organize uma rotina com horários para realizar as refeições, busque dormir com qualidade afim de ter um sono reparador, reduza exposições as telas e tenha momentos de lazer.
Cuide da sua alimentação para ter uma qualidade de vida melhor!

Dra. Larissa Fernanda da Silva – Nutricionista
CRN3 – 61314
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