Vereadores votam contra relatório final da CEI que investigou Pivatto

Após uma tensa sessão, de portas fechadas, cada vereador justificou seu voto, o que rendeu muitas discussões

A noite de segunda-feira, 16, rendeu muitas discussões entre os parlamentares da Câmara Municipal de Cosmópolis.
Toda a movimentação sobre esta sessão ordinária começou quando parte da população que frequenta o plenário se revoltou com o fato de que ela aconteceria de portas fechadas na data de segunda. A decisão da Casa de Leis seguiu um decreto da Prefeitura Municipal de Cosmópolis onde diz, no inciso VI do referido decreto, que sessões, reuniões e encontros públicos inadiáveis em prédios ou auditórios públicos fechados deveriam acontecer sem a presença do público externo.
Mesmo assim, muitos populares acompanharam a sessão do lado de fora da Casa e, por várias vezes, se manifestaram aos gritos.

Sobre a sessão
Parlamentares discutiram ferozmente sobre o requerimento que se tratava do aceite, ou não, de um parecer final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que foi instaurada há meses para investigar supostas irregularidades do atual chefe do Executivo, que teve seu nome envolvido em uma operação da Polícia Federal. De forma resumida, tudo aconteceu quando pessoas de sua confiança se encontraram com lobistas que depois fraldavam contratos ilícitos no setor de material escolar da área de educação e, em outras cidades da região, na merenda escolar. Por isso, foi denominada, então, a operação ‘Prato Feito’ pela PF.

Parecer final
A conclusão final do relatório desta CEI foi completamente desfavorável ao Prefeito José Pivatto e a outros nomes de pessoas ligadas a ele e que, posteriormente, foram nomeadas em cargos de sua confiança.
Vale lembrar que várias testemunhas foram convocadas para questionamentos durante os trabalhos desta comissão, entre elas: prefeito José Pivatto; Dr. Antonio Fernandes – ex-prefeito da cidade de Cosmópolis; Dra. Melissa Maximino Pastor, delegada da Polícia Federal; o ex-secretário da gestão de Pivatto, Jorge Elias Democh; e Celso Evangelista que, apesar de comparecer, se preservou no direito de ficar calado e não respondeu a nenhum dos questionamentos.

Votação
Uma indisposição teve início na sexta-feira, 13, quando o vereador Zezinho, que havia pedido desligamento da CEI no início dos trabalhos, tentou retornar para votação final dela. O Presidente da CEI – Humberto Hiroshi – judicialmente afirmou que o mesmo não poderia retornar, pois, o pedido de saída teria sido irrevogável, pedindo, então, para que o mesmo se retirasse do plenário, causando tumulto no público presente.
Por quatro votos a três, os integrantes da CEI levaram o parecer final ao plenário, nesta segunda, para aceite ou não dos demais colegas.

Veja como cada um votou:
Mestre Aldenis Matheus – contra o relatório

André Maqfran – contra o relatório

Edson Leite – a favor do relatório

Cristiane Paes – contra o relatório

Élcio Amâncio – contra o relatório

Eliane Lacerda – contra o relatório

Dr. Eugênio – a favor do relatório

Humberto Hiroshi – a favor do relatório

Zezinho da Farmácia – contra o relatório

Rafael Piauí – contra o relatório

Renato da Farmácia – a favor do relatório

Renato Trevenzolli – a favor do relatório

Com 7 votos contrários e 5 favoráveis à CEI, foi arquivada e não prossegue para um próximo passo. Caso o resultado fosse diferente, abriria, então, uma Comissão Processante (CP). O Chefe do Executivo ainda não teria seu exercício afetado e as investigações continuariam em um estágio avançado.