Veterinária esclarece dúvidas sobre otite

Denominação se refere a infecção e inflamação do conduto auditivo e ocorre em cães e gatos

A Veterinária Graziele Affonso, da clínica veterinária Colibri, em entrevista, esclarece diversas dúvidas sobre a infecção e inflamação que ocorre no ouvido de cães e gatos, conhecida como otite. Confira e veja como prevenir, identificar e tratar.

O que é otite?
“Otite é a denominação de infecção e inflamação do conduto auditivo. Esta afecção é dividida classicamente em otite externa, média e interna, segundo a localização e gravidade do processo inflamatório no conduto.
A otite externa é uma infecção muito prevalente em cães e gatos por ser causada por diferentes microrganismos”.

O que causa a otite em cães e gatos?
“As causas primárias são representadas por dermatopatias, alterações anatômicas e fisiológicas do canal auditivo, como excesso de dobras cutâneas, orelhas pendulares, excesso de pelos. Mas, também por higienização incorreta, uso de produtos inadequados, acúmulo de água após o banho, umidade e temperaturas elevadas do ambiente, traumas e até mesmo a presença de ácaros, fungos e bactérias”.

Como saber se meu pet está com otite?
“Se seu pet está com otite, provavelmente, você vai perceber a mudança de hábito dele, como: coceira constante, chegando a provocar feridas, balanço da cabeça com frequência, cabeça inclinada indicando incômodo, secreção no canal auditivo, mau cheiro forte na região das orelhas, depressão ou irritabilidade”.

O que fazer quando meu pet está com otite?
“Levar ao seu veterinário de confiança para uma avaliação mais apurada. Ele irá verificar se há inflamação e/ou infecção, irá fazer a limpeza do canal auditivo. O diagnóstico de rotina da otite em cães é firmado com base no exame clínico do animal e do conduto auditivo, aliado aos achados epidemiológicos, exames subsidiários citológicos, microbiológicos. Vale ressaltar que se a otite for tratada a tempo, afetando apenas a área externa do ouvido (otite externa), o prognóstico será favorável. No entanto, se a doença tiver atingido o ouvido médio ou o interno, o prognóstico poderá ser reservado, com possibilidade de perda da capacidade auditiva, caso não haja intervenção veterinária”.

Graziele Affonso
Médica Veterinária CRMV SP 52856
Clínica Veterinária COLIBRI
Av. Saudade, 2419
3812-5448