Veterinário alerta sobre os animais e o clima chuvoso do mês de Janeiro

Cuidados com os mais peludos e que gostam de tomar banho de chuva devem ser redobrados

No verão, os animais ficam mais tempo expostos nos quintais onde o aumento da umidade do ar através do calor e o período de chuvas constantes desencadeiam diversas patologias nos cães. Muitos animais, principalmente, algumas raças que sentem mais calor devido a quantidade de pelos, gostam dos banhos de chuva e se sentem livres. Contudo, alguns cuidados precisam ser tomados para evitar doenças graves nos pets.
‘Chiquinho’, como é carinhosamente conhecido o médico veterinário José Francisco da Costa, listou alguns perigos comuns nesta época do ano. “Dentre as mais conhecidas são as dermatites, que são irritações na pele dos cães que causam desconforto, dor, falhas nos pelos e cheiro forte”, pontuou o profissional.
Regiões mais afetadas
“As regiões mais acometidas são as orelhas, costas e patas”, enfatizou Chiquinho.

Dermatites
“As dermatites podem ser divididas em dermatites bacterianas, fúngicas, parasitárias. A dermatite fúngica é a mais conhecida nos dias chuvosos devido a umidade. Seus sintomas são peles avermelhadas, irritações, queda de pelos, pele muito oleosa que acaba causando mal cheiro no cão, feridas na pele, otites”.

Otites
“As otites fúngicas são a principal consequência da umidade e uma doença considerada muito grave, levando a dores intensas e de difícil tratamento. Sendo assim, a melhor recomendação é manter sempre os cães em locais secos e protegidos de chuva. Outra recomendação é manter vacinados para evitar doenças virais”, recomendou.

Grave
“Tenha cuidado com a leptospirose. O período de chuvas pode trazer estragos às cidades e alguns bairros sofrem de enchentes e inundações. Em situações extremas como essas, o cão não deve ter contato com a água, que pode estar contaminada e transmitir a doença. Além disso, para reforçar a proteção do cachorro, o tutor precisa vaciná-lo periodicamente a cada seis meses. Apesar de não serem 100% eficazes, as vacinas V8 e V10 já previnem a leptospirose. É importante que não deixe o animal matar a sede na água parada. Para muitos animais, água é água e não é incomum que eles queiram matar a sede nas poças d’água – principalmente aqueles que vivem em quintais ou passeiam muito na rua.
O problema é que ingerir água empoçada expõe os pets a diversos riscos: ele pode contrair bactérias, parasitas e até sofrer de intoxicação se houver resquícios de pesticida ou gasolina na água”, finalizou o profissional, alertando que “ser o proprietário responsável de um animal de estimação é se preocupar com o ambiente onde ele estará. Lugar limpo, seco, arejado e protegido nos dias de chuva!”.