Vinho no Velho Testamento – Língua Hebraica

No Velho Testamento, há duas palavras hebraicas geralmente empregadas para designar o vinho: YAYIN, que se refere a suco fermentado de uvas e TIROSH, que se refere a vinho doce, fresco, sem fermento, não alcoolizado. Por exemplo,
Salmo 104:15 – “E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem.”
Provérbios 20:1 – “O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.”
Isaías 5:11 – “Ai dos que se levantam pela manhã, e seguem a bebedice; e continuam até à noite, até que o vinho os esquente!”
Habacuque 2:5 – “Tanto mais que, por ser dado ao vinho é desleal; homem soberbo que não permanecerá; que alarga como o inferno a sua alma; e é como a morte que não se farta, e ajunta a si todas as nações, e congrega a si todos os povos.”
Estes textos se empregam a palavra YAYIN, vinho fermentado.
A palavra TIROSH geralmente designa suco de uvas ou outras frutas, embora, algumas vezes e raramente, indica mosto, que é o suco em fase de fermentação. Assim em Gên. 27:37 – “Então, respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?” e Números 18:12 – “Todo o melhor do azeite, e todo o melhor do mosto e do grão, as suas primícias que derem ao SENHOR, as tenho dado a ti.” etc.
Outra bebida intoxicante mencionada no Velho Testamento é o SHEKAR, feito de grãos fermentados, mel ou tâmara. É geralmente traduzido por “bebida forte”.
Há textos no velho testamento que mostram que muitos do povo de Deus tinham como hábito tomar vinho fermentado, e esses relatos dão a entender que Deus tolerou, em respeito ao livre arbítrio dado ao homem, mas não era a Sua vontade. Exemplo: “E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa.” Deuteronômio 14:26
No passado, muitas vezes, Deus relevou a ignorância que motivava práticas que Ele não aprova. Mas, finalmente, chega a hora quando Deus “notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (Atos 17:30). Então, os que persistem no erro, a despeito de conselhos e advertências, não mais “têm desculpa do seu pecado” (João 15:22). Antes disso, não tinham pecado e Deus não os considerava responsáveis, mesmo que suas ações estivessem longe de ser ideais. Sua longanimidade se estende a todos, mesmo os que “não sabem o que fazem” (Lucas 23:34).

 

Pr. Jair Lima
Representante da TV Novo Tempo em Cosmópolis