A vitamina D não é apenas uma vitamina, ela tem funções hormonais no nosso organismo, fortalece os ossos, protege o coração, contribui para a força muscular, auxilia na perda de peso e até auxilia na prevenção de diversos tipos de câncer.
Ela pode ser obtida através do sol, “porém, nem sempre é o suficiente quando os seus índices estiverem muito baixos. Especialistas recomendam de 15 a 20 minutos de sol ao dia (12h00 às 16h00), com a maior parte possível do corpo exposta e sem aplicação de filtro solar”, explica a Nutricionista Daniela Belinatti Menardo de Oliveira.
Relação vitamina D + ômega3 na atividade física:
Daniela explica que “a vitamina D e o ômega 3 têm como uma de suas principais atribuições o efeito anti-inflamatório e imunomodulador, ou seja, ajudam nosso organismo a lidar melhor com as mudanças que ocorrem durante a adaptação ao exercício, contribuindo para maior rendimento e maior recuperação muscular. Com este equilíbrio, nosso organismo responde melhor aos estímulos provocados pelo exercício, e, consequentemente, o ganho de massa muscular e definição são favorecidos”.
Vitamina D e as doenças crônicas, doenças auto imune e Cancêr:
A literatura sugere que o principal papel da vitamina D é atuar no metabolismo do cálcio e na manutenção da mineralização óssea, “porém, vários estudos têm mostrado a sua importância em doenças como câncer, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus e esclerose múltipla. A associação da deficiência da vitamina D com o risco de diferentes tipos de câncer (cólon, mama, próstata e ovários) merece uma atenção considerável: muitos estudos têm observado menor incidência destes tipos de câncer em países onde há maior exposição solar e níveis séricos adequados de vitamina D. O fundamento desta relação baseia-se no fato de que a vitamina D ativa (calcitriol) exerce papel regulatório sobre os genes que estão envolvidos na transformação de células normais em cancerígenas e no ciclo celular, reduzindo a sobrevivência de células malignas. A esclerose múltipla, assim como outras doenças auto imune, leva ao aumento de citocinas inflamatórias no sistema nervoso central”.
Relação entre vitamina D e perda de peso:
Daniela afirma que a vitamina D está envolvida na produção da insulina, “portanto, quando há carência, reduzem-se os receptores para insulina nas células. Com isso, o pâncreas tem que produzir mais insulina, o que prejudica o processamento do açúcar e aumenta o acúmulo de gordura e de substâncias inflamatórias que estimulam o apetite”, explica.
Vitamina D nos alimentos:
Podemos encontrar também vitamina D nos alimentos, “entretanto, estes não possuem a quantidade de que o organismo precisa. Por exemplo, 100 gramas de salmão representam apenas 6,85% das necessidades diárias, ou seja, muito pouco”, comenta.
Suplementação com vitamina D:
“A necessidade de suplementação com vitamina D é ainda maior em idosos, porque estes produzem quantidade menor da substância por questões metabólicas da idade. O consumo da vitamina D é essencial para as gestantes, sendo que sua deficiência pode levar a abortos no primeiro trimestre. Já no final da gravidez, a carência do nutriente pode levar a pré-eclâmpsia e aumentar as chances da criança ser autista”, alerta a especialista.
Mas, a nutricionista enfatiza que a vitamina D não é milagrosa no tratamento das doenças relacionadas acima, nem
deve ser medida única de tratamento na prática clínica. Mas, vale ressaltar que a deficiência de qualquer nutriente pode levar ao desequilíbrio do organismo, acentuando ou ocasionando diversos distúrbios, sendo de extrema importância a avaliação individual do estado nutricional preconizada pela Nutrição Funcional.
“Repor a vitamina D é extremamente importante! Seja qual for a sua faixa etária, solicite sempre ao seu nutricionista ou médico esse exame e procure manter níveis adequados para sua idade e individualidade! Cuide do seu corpo”, alerta.
Importante:
A nutricionista conclui explicando que “para produzir a vitamina através do contato do sol na pele, é preciso estar diretamente exposto a ele. Janelas e vidros impedem essa absorção. Portanto, o sol que você toma enquanto está no trânsito, se deslocando a pé, ou dentro de casa, não é suficiente (ou válido) para obter a vitamina através dos raios solares”.