A vitamina D é de extrema importância para nosso organismo, no metabolismo de cálcio e fósforo, na prevenção da osteoporose, nas doenças cardiovasculares, no diabetes, no câncer e durante a gestação.
“O que devemos considerar é que a vitamina D não é milagrosa no tratamento das doenças relacionadas acima, nem deve ser medida única de tratamento na prática clínica. Há estudos que observaram as correlações da vitamina D no tratamento destas doenças, porém, há a necessidade de mais estudos para verificar as implicações ao logo do tempo, assim como os resultados. Vale ressaltar que a deficiência de qualquer nutriente pode levar ao desequilíbrio do organismo, acentuando ou ocasionando diversos distúrbios, sendo de extrema importância a avaliação individual do estado nutricional preconizada pela Nutrição Funcional”, alerta Daniela Belinatti Menardo de Oliveira, nutricionista.
Recentemente, foi divulgado, no jornal científico Fertility and Sterility, um estudo que diz que a vitamina D ajuda na prevenção de miomas uterinos.
Essa vitamina atua diretamente e indiretamente com mais de 200 genes que participam da regulação do ciclo celular. Um dos processos que ele participa é a regulação da proliferação e diferenciação celular; processos que participam do desenvolvimento de um tumor.
Os tumores são causados por um crescimento super acelerado e anormal de células. O ciclo normal de uma célula é nascer, exercer suas funções em nosso corpo. Quando as células perdem sua função ou ficam danificadas, elas morrem, dando lugar a uma nova célula, porém, O tumor se forma quando, por algum motivo, uma ou algumas células do corpo sofrem uma mutação e deixam de morrer e o organismo não percebe isso.
“A associação da deficiência da vitamina D com o risco de diferentes tipos de câncer (cólon, mama, próstata e ovários), merece uma atenção considerável: muitos estudos têm observado menor incidência destes tipos de câncer em países onde há maior exposição solar e níveis séricos adequados de 25(OH)D. O fundamento desta relação baseia-se no fato de que o calcitriol exerce papel regulatório sobre os genes que estão envolvidos na transformação de células normais em cancerígenas e no ciclo celular, reduzindo a sobrevivência de células malignas”, diz a nutricionista.
Estima-se que, aproximadamente, 40% dos adultos apresentam a hipovitaminose D, cujo principal fator é a falta de exposição solar. O receio de tomar sol vem por conta do câncer de pele e do fotoenvelhecimento, mas tomar sol é essencial. O uso do protetor solar não impacta na absorção dos nutrientes.
Para saber se você apresenta deficiência dessa vitamina é feito um exame de sangue e há suplementos que podem ser indicados, mas, como o excesso dessa vitamina também traz riscos, somente um médico pode fazer a indicação.
Alguns sintomas de deficiência da vitamina D:
• Ficar doente ou contrair infecções com frequência;
• Fadiga e cansaço;
• Dor nos ossos e nas costas;
• Depressão
• Dificuldades de cicatrização;
• Perda óssea;
• Perda de cabelo;
• Dor muscular.
Algumas drogas são capazes de causar depleção de vitamina D, como anticonvulsivantes, corticosteróides, antagonistas de receptor H2, entre outros.
Vitamina D previne miomas e diversas outras doenças
1 de agosto de 2018 Saúde Foto: PIXABAY.COM
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