Vizinhança pede solução para terreno abandonado no bairro Primeiro de Maio

Um terreno baldio, localizado no bairro Primeiro de Maio, na Rua Pedro Guimarães Bertazzo, vem incomodando os moradores da região. O espaço abandonado está sendo utilizado para despejo de lixo e queimadas.
A vizinhança do local afirma que o terreno, pertencente à Prefeitura Municipal, está desocupado há anos, mesmo carregando um projeto para construção de uma praça, esta que deveria ter sido inaugurada junto à EMEB Fernando José Bertazzo. Infelizmente, o projeto não foi concluído por falta de verba, tornando o local cada vez mais abandonado.
Algumas das moradoras do bairro, cujas residências localizam-se próximas ao terreno, afirmam que o lixo, queimadas e a falta de cuidados com o ambiente tornam a moradia na região algo difícil. “Pessoas de outros bairros se deslocam até aqui para despachar algum tipo de lixo: móveis, caixas, tudo o que for possível descartar. Além disso, sofremos com as queimadas, já que quase todos os dias alguém vem atear fogo. Não se pode ter algo seco no local que já se veem pessoas indo queimá-lo”, comenta a moradora Rosana Silene Roque Rodrigues.
O terreno e os problemas já chamaram a atenção da segurança ambiental e de emissoras como EPTV, resultando em muita repercussão, mas pouca solução. Os lixos continuaram a ser despachados no local. “Já tentamos conscientizar as pessoas que praticam estes atos, mas elas não se importam e continuam”, explica a dona de casa Leandra Aparecida dos Santos Lopes.
De acordo com as moradoras, não só cidadãos comuns realizam o descarte, mas também empresas e até mesmo a Prefeitura Municipal, que, após denúncias e reivindicações com vereadores, cessou. “Eles costumavam despejar objetos da operação Cata Galho, mas reclamamos, o que fez com que eles parassem”, explica Janete Stahl Pinheiro.
Em contrapartida, as mulheres afirmam que houve, recentemente, o despejo de barro e partes de asfalto no local por parte da Prefeitura, além de grandes escavações no local, que resultam no surgimento de insetos por toda a vizinhança.
Apesar disso, a Prefeitura do município já realizou a limpeza do terreno há algum tempo, adicionando, segundo as moradoras, uma cerca, que não impediu o despejo de lixo. “Quando fora realizada a limpeza, a vista era muito bonita e o local era muito mais agradável. Uma pena que não durou nem 1 mês”, pondera Leandra Aparecida.
A contribuição dos moradores também vem mostrando-se mínima, já que muitos recolhem o lixo destinado à coleta semanal do caminhão municipal e o descartam no terreno, ocasionando mau cheiro e infestações de ratos e escorpiões.

Insetos
Uma das principais reclamações das moradoras do local é a infestação de bichos e insetos em suas casas. Todas afirmam lidar frequentemente com ratos, baratas, escorpiões e aranhas em suas residências, o que se torna um incômodo cada vez maior. As maiores incidências de infestações ocorrem após escavações e limpezas, que acontecem esporadicamente.
Outra parte acometida pelo problema é a EMEB Fernando José Bertazzo, que lida com o aparecimento de aranhas e escorpiões em ambientes frequentados pelas crianças. “Além disso, os estudantes sofrem com a fumaça quando alguém ateia fogo. Isso é um absurdo”, afirma outra moradora, Angela Magda Costa.
O aparecimento de carrapatos também acontece na vizinhança, principalmente, pelos cavalos deixados no terreno. Muitas afirmaram contrair o parasita na frente de suas próprias casas, e, mesmo pedindo para que não coloquem animais no local, ainda é algo que ocorre com grande frequência.

Necessidade
Atualmente, os moradores aguardam o retorno da Prefeitura Municipal para que sejam tomadas providências. “Nós tentamos muito, já fomos atrás de requerimentos com vereadores, já tentamos limpar o que conseguimos, colocar avisos, plantar algumas coisas, mas nada adianta se a Prefeitura não fiscalizar. Até podem vir limpar e retirar o lixo, mas se não houver fiscalização, nada vai ser resolvido. Por lei, todos os terrenos baldios devem ser limpos e murados, sujeitos à multa caso não cumpram a obrigação. Por que o munícipio não faz o mesmo?”, conclui Janete Stahl.

Resposta da Prefeitura
“A Prefeitura estuda uma alternativa para resolver o problema de maneira definitiva. Enquanto isso, tem realizado limpezas frequentes no local e feito rondas para coibir que descartem lixo indevidamente na área. Todas as vezes que pessoas foram flagradas realizando tal ato, as medidas cabíveis foram tomadas.
Vale lembrar que a multa por descarte irregular de lixo e entulho é de 5 Unidades Fiscais do Município de Cosmópolis (UFMC) e dobra a cada reincidência. O valor da UFMC em setembro é R$ 45,19, portanto, a multa inicial neste mês é de 225,95”.