Voluntários enfrentam problemas no fornecimento de abrigo para animais abandonados

O abandono de animais vem se mostrando cada vez maior ao longo dos anos, resultando em um problema de grande escala para o município.
“Em Cosmópolis, não temos um número, mas, pela quantidade de casos que aparecem diariamente e pela grande demanda em feirinhas, percebemos que esse número de animais abandonados ainda é bem grande”, afirma Aline Soares de Menezes, voluntária do projeto Mudando Destinos.
Um dos maiores problemas, atualmente, encontra-se no fornecimento de abrigo aos animais de rua. Os resgates são feitos em casos de emergência de última instância, visto que o projeto conta com três voluntárias que possuem, ao todo, 100 animais sob tutela.
“No município, não contamos com nenhum órgão que recolha animais, essas iniciativas continuam sendo voluntárias feitas por nós ou por outros protetores independentes”, afirma Aline. “Infelizmente, hoje, só podemos ajudar com a divulgação e realização de feiras de adoção para tentar encaminhar esses animais para novas famílias”, continua.

Aline Soares de Menezes
Funcionária pública

Em contrapartida, há projetos de instalação de bebedouros e comedouros em frente a estabelecimentos, além de movimentos que visam castração a baixo custo. “Acreditamos que, se esse tipo de campanha acontecer regularmente, a longo prazo, poderá amenizar a situação de tantos animais abandonados”, pondera.
Campanhas como estas, segundo a voluntária, contribuem para que se trate com mais veemência a questão do abandono, que acontece, em especial, nesta época do ano, consequente das férias e viagens.
Durante as feiras de adoção realizadas pela Mudando Destinos, as voluntárias afirmam buscar a conscientização do indivíduo que deseja adotar. “Além do termo de compromisso, também fazemos uma pequena entrevista e falamos de todas as incumbências de ter um animal, buscando, assim, adotantes responsáveis”.
Atualmente, os desafios da falta de estrutura e apoio de órgãos municipais tornam o voluntariado um trabalho de extrema dificuldade. “Esses animais estão em nossas respectivas casas e sob a nossa tutela individual, inclusive, financeiramente. Doações são sempre bem-vindas, mas não são regulares, por isso, a necessidade de sempre fazermos campanhas para arrecadação para honrarmos dívidas de veterinário e bancar tratamento de animais doentes. E nosso maior prazer é a recuperação de cada um e o ápice, sem dúvida, é quando ainda conseguimos encaminhar esse animal para um lar amoroso”, conclui.