O xantelasma pode ser compreendido como o acúmulo de gordura na região das pálpebras. Este problema decorre de alterações dos níveis de colesterol e não é considerado uma doença. Além disso, é caracterizado por placas macias e amareladas nas pálpebras superiores e/ou inferiores, geralmente no canto medial das pálpebras (mais próximo ao nariz).
A endocrinologista Mirian Airoldi afirma que a condição não interfere na visão. “Em geral, é indolor e relaciona-se a problemas estéticos”, explica.
Já a cardiologista Elaine dos Reis Coutinho comenta que, além do xantelasma, outras manifestações relacionadas à elevação do colesterol são os xantomas. “Trata-se do acúmulo de colesterol nos tendões dos músculos e o arco corneano, que pode aparecer em idosos devido à idade, mas quando antes dos 45 anos, normalmente, está relacionado ao colesterol alterado”, esclarece.
Tratamentos
Para a retirada do xantelasma, são necessários procedimentos cirúrgicos ou à base de laser. “Não há formação de cicatrizes, uma vez que a região da face é muito vascularizada”, explica a médica Mirian.
Colesterol alto
O xantelasma não é considerado um problema de grande risco no que se trata de níveis de gordura no sangue. A cardiologista Elaine dos Reis explica que o colesterol elevado causa formação de placas no interior nos vasos, podendo levar ao desenvolvimento de infarto e derrame cerebral em diferentes idades, sendo maior e mais precoce a chance quanto mais alto for o colesterol ldl.
“Quanto menor o colesterol ldl do paciente, menor o risco de doença cardiovascular. Mas, sempre que o paciente tiver um destes sinais e/ou colesterol ldl acima de 190 e/ou história familiar de morte por doença cardíaca ou AVC antes dos 55 em homens e 60 anos em mulher, este paciente deve procurar um cardiologista para realizar dosagem de colesterol e avaliar se a forma familiar é grave de colesterol elevado”, conclui.
