A lei de Deus é eterna

É o Criador dos seres humanos, o Doador da lei, que declara não ser Seu desígnio pôr à margem os Seus preceitos. Tudo na natureza, desde a minúscula partícula de pó no raio de sol até os mundos nas alturas, está debaixo de leis. Da obediência a essas leis dependem a ordem e a harmonia do mundo natural. Assim, há grandes princípios de justiça a reger a vida de todo ser inteligente, e da conformidade com esses princípios depende o bem-estar do universo. Antes que a Terra fosse chamada à existência, já existia a lei de Deus. Os anjos são governados pelos princípios divinos, e, para que a Terra esteja em harmonia com o Céu, as pessoas também devem obedecer às leis de Deus. No Éden, Cristo deu a conhecer ao ser humano os preceitos da lei “quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). A missão de Cristo na Terra não era destruir a lei; mas, pela graça de Deus, levar novamente a humanidade à obediência de Seus preceitos.

O discípulo amado, que escutou as palavras de Jesus no monte, escrevendo muito tempo depois, sob a inspiração do Espírito Santo, fala da lei como uma perpétua obrigação. Ele diz que “o pecado é a transgressão da lei”, e que “todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei” (1Jo 3:4). Ele torna claro que a lei a que se refere é o “mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes” (1Jo 2:7). Ele fala da lei que existia na criação e foi reiterada no Monte Sinai.

Falando da lei, Jesus disse: “Não vim para revogar, vim cumprir” (Mt 5:17). Ele emprega aqui a palavra “cumprir” no mesmo sentido em que a usou quando declarou a João Batista Seu desígnio de “cumprir toda a justiça” (Mt 3:15); isto é, atender plenamente à exigência da lei, dar um exemplo de perfeita conformidade com a vontade de Deus.

Sua missão era “engrandecer a lei e fazê-la gloriosa” (Is 42:21). Ele deveria mostrar a natureza espiritual da lei, apresentar seus princípios de vasto alcance e tornar clara sua eterna obrigatoriedade. […]

Jesus, a imagem clara da pessoa do Pai, o resplendor da glória divina, o abnegado Redentor, por Sua peregrinação de amor na Terra, foi uma viva representação do caráter da lei de Deus (O Maior Discurso de Cristo, p. 48, 49).

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