O tema das drogas nunca deixou de ser um tema relevante em nossa sociedade, muito embora não tenha o destaque merecido, se levarmos em conta os prejuízos causados pela dicção.
Nos últimos anos, o aumento do número de pessoas que passaram a depender de algum tipo de droga, lícita ou ilícita, prescrita ou não, aumentou muito, sobretudo, entre as mulheres jovens e maduras.
Parece que está ficando normal a ideia de que, ao passo que a humanidade “avança”, os seres humanos passam a depender cada vez mais de “coisas”, substâncias químicas ou não, como, por exemplo a manutenção de suas vidas nas redes sociais, num constante exercício de atualizações e mais atualizações.
Estes fenômenos todos nos remetem ao fato de encararmos o ser humano como um ser dependente sim, contudo, dependente do que exatamente? Há dependências em nós que podem nos fazer melhores, que podem aumentar nossa autonomia (um verdadeiro paradoxo). E há também dependências que só arrastam ao abismo. Portanto, não se trata de declarar uma independência irreal, falsa, impossível, mas sim, buscar uma convivência harmoniosa com nossas dependências naturais e normais, tais como: dependência de outras pessoas, dependência de ar, comida, abrigo, afetos, reconhecimento, respeito, realização pessoal, etc.
O que parece ocorrer quando nossas dependências naturais se extraviam por qualquer razão é que adquirimos uma independência ou autonomia irreal, quer dizer, um adicto em geral é alguém com excesso de autonomia. Ele sempre sabe tudo e mais que todo mundo. Ninguém é capaz de entendê-lo, de ajudá-lo. Pelo menos essa imagem continua sendo um bom estereótipo para ilustrar um pouco do grande problema que é o drama da dependência química.
O fato é que o tema das dependências de modo geral continuarão sendo objeto de constante estudo e pesquisa da psicologia, que não medirá esforços para ajudar aqueles que nela buscarem um caminho para aprenderem a lidar com tal situação, seja uma dependência emocional, afetiva, financeira, química, ou ideológica (vivemos um surto disso atualmente), etc.
Se você se identifica com este artigo e deseja mais informações a respeito das dependências da modernidade, meu instagram é @natalmarsarineto
As dependências do ser
25 de novembro de 2020 Variedades
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