Bruno Petch, um dos primeiros fotógrafos Cosmopolenses, conta sua história no mundo da fotografia

Com mais de 45 anos de carreira, ele relembra a década em que os filmes fotográficos eram usados

A história da fotografia no Brasil começou no século XIX e, de lá para cá, evoluiu em diversos contextos. O seu início foi marcado por retratos de família, depois o fator documental ganhou importância, então o abstracionismo entrou em cena e, hoje, ela engloba tudo isso.

Bruno Petch foi um dos primeiros fotógrafos em Cosmópolis. Aos 79 anos, Petch, como é conhecido, detalha o amor pela fotografia. O fotógrafo fala que o interesse pelas câmeras começou na adolescência, a partir de uma caixa de fotos que seus pais tinham. “Na adolescência, foi o momento que comecei a ter interesse pela fotografia. Meus pais tinham uma caixa de fotos e eu tinha muita curiosidade para saber como funcionava”.
Na década de 60, Bruno decidiu se aventurar no mundo da fotografia e conseguiu comprar sua primeira câmera, uma Flicka. Com esta conquista, o fotógrafo começou a praticar com seus colegas e sua família. “Depois que comprei a Flicka, comecei a fotografar minha família e meus amigos, estava muito animado, afinal, tinha conquistado minha primeira câmera”, explica Bruno.
Anos mais tarde, no ano de 1966, Bruno conseguiu investir em novos materiais para seguir este sonho. A aquisição de produtos químicos, papéis fotográficos e um ampliador preto e branco permitiram que Petch começasse a fotografar outras pessoas, além de amigos e família. Seguindo seu sonho, em 79, o fotógrafo começou a realizar as fotos de casamentos. “Naquela época, era tudo mais difícil e caro. Quando comecei a fotografar casamentos, foi no momento em que surgiu o filme fotográfico colorido. Tive que comprar novos equipamentos e também aprender como manuseá-los, já que, naquela época, o acesso a informação era muito mais restrito”, explica o fotógrafo.

Fotos
As fotos eram feitas na escuridão. Bruno relembra o processo que era necessário antes de entregar a foto ao cliente. “Eram feitos quatro banhos: revelador, fixador, branqueador e estabilizador, cada um com um tempo determinado a 37.7ºC. Tempos depois, vieram equipamentos modernos. Atualmente, por exemplo, tenho duas impressoras térmicas que o papel pode ser manuseado no claro, mas, tambem tenho uma impressora grande que ainda trabalha com produtos químicos e papel fotográfico, os mesmos de quarenta anos atrás, trazendo a mesma qualidade e durabilidade”.

Carreira
Aos 79 anos de idade, Petch completou 46 anos de carreira neste ano. Fora mais de 1.800 casamentos fotografados, por mais de 20 anos, foi prestador de serviço para a Prefeitura Municipal de Cosmópolis e inúmeras empresas da região, em que era responsável por fotografar grandes eventos. “Fico muito feliz e realizado por ter conseguido alcançar meu sonho. Ao longo destes anos, foram muitas amizades que colecionei. Sou muito grato a Deus e por todos que acreditam no meu trabalho”. Atualmente, o fotógrafo também trabalha com a impressão de fotos e fica na Rua William Neumann, número 582, o mesmo endereço desde que começou.