Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza estende público alvo

Em Cosmópolis, esperam-se que cerca de 15 mil pessoas sejam vacinadas nas UBS 

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza deste ano começou em todo o país no dia 17 de abril e se estende até o dia 26 de maio. O “Dia D” para vacinação contra o vírus será dia 13 de maio, o segundo sábado do mês.
Neste ano, a vacinação também terá como público alvo os professores. Em todo o País, cerca de 2,3 milhões de profissionais da educação poderão se vacinar contra a gripe. Ao todo, receberão a vacina 54,2 milhões de pessoas que integram os grupos prioritários. Em Cosmópolis, estimam-se que 15 mil pessoas sejam vacinadas neste ano.
Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina. Sendo que, até este mês, 2,6 mil doses foram disponibilizadas para as unidades de saúde de Cosmópolis.
A quantidade recebida é determinada pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), que é responsável por 42 municípios da região. O número de doses pode aumentar, isso porque o GVE está liberando de forma gradativa estas vacinas, para que não falte nos municípios.
Na cidade, considerando a grade de entrega das vacinas, a vacinação será realizada nas seguintes etapas:

1. A partir do dia 17 de abril: os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados e as pessoas com 60 anos ou mais de idade.

2. A partir do dia 24 de abril: gestantes, puérperas, crianças de 6 meses até 5 anos de idade e indígenas.

3. A partir do 2 de maio: Pessoas com comorbidades.

4. A partir do dia 8 de maio: professores e todos os outros grupos anteriores.
Em Cosmópolis, a vacina contra a gripe estará disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) Jardim De Fáveri, Integrado, CSII, Andorinhas, Beto Spana e Vila Cosmos. Quem for tomar a vacina deve comparecer a uma destas UBS das 8h às 16h portando a carteira de vacinação. Mas, é necessário estar dentro do público alvo da campanha.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, fez um alerta à população para que não se vacine em cima da hora. “Muitas vezes, as pessoas só buscam a vacina quando há registro de um número elevado de casos. Por isso, é importante que todos os grupos definidos busquem esta proteção dentro do prazo preconizado pelo Ministério da Saúde. É preciso que todos estejam devidamente protegidos antes do inverno chegar, já que a vacina precisa de 15 dias para garantir o efeito”, observou Carla Domingues.
A Prefeitura Municipal de Cosmópolis informou que, até o momento, não houve nenhum caso confirmado de influenza no município. Mas, em 2016, foram confirmados seis casos de Influenza AH1N1.
A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. A dose protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Neste ano, houve mudança na cepa do vírus A H1N1 para A/Michigan/45/2015 (H1N1) pdm09. Desde 2009, a cepa do vírus A H1N1 utilizada nos países a sul da linha do Equador era A/California/7/2009 (H1N1) pdm09.

PREVENÇÃO
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

REAÇÃO ADVERSA
Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

MEDICAMENTO
O uso do antiviral está indicado para todos os casos de síndrome respiratória aguda grave e casos de síndrome gripal com condições e fatores de risco para complicações, de acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza, do Ministério da Saúde de 2015. No caso de pacientes com síndrome gripal, sem condições e fatores de risco para complicações, a prescrição do fosfato de oseltamivir deve ser considerada com base em avaliação clínica. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Todos os estados estão abastecidos com o medicamento e devem disponibilizá-lo em suas unidades de saúde. Até o início de março deste ano, o Ministério da Saúde enviou às secretarias de saúde dos estados, 793,2 mil unidades Oseltamivir (30 mg) e 3,4 milhões do medicamento de 75 mg.

DADOS NACIONAIS DE 2016
Até 1º de abril, foram registrados 276 casos de influenza em todo o país e 48 mortes. Do total, 21 foram por H1N1, sendo que seis evoluíram para óbito. Em todo o ano passado, o Ministério da Saúde registrou 12.174 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 10.625 foram por influenza A (H1N1), sendo 1.987 óbitos. O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).