Consumo de sal do brasileiro é excessivo e prejudicial

O iodo presente no sal de consumo humano irá diminuir no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na terça-feira, 16, medida que reduz os limites do iodo adicionado ao sal.
Atualmente, a faixa de variação do iodo no sal é de 20 a 60 miligramas (mg) por quilo (kg) de sal e, com a resolução, passará de 15mg/kg a 45 mg/kg. O tema entrou em consulta pública em 2011.
Segundo pesquisas, o brasileiro consome uma taxa de iodo maior do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a Anvisa, há indícios de que o consumo excessivo de iodo possa aumentar os casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune que tem entre seus principais sintomas fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.
A adição do iodo no sal foi adotada na década de 50 do século passado como estratégia de redução do Bócio, doença provocada pela deficiência do iodo (DDI) no organismo, que pode provocar retardo mental grave e irreversível, surdo-mudez em crianças e anomalias congênitas.
No entanto, a quantidade de adição do nutriente tem sido revista ao longo dos anos em virtude das mudanças no padrão de alimentação dos brasileiros, pois, o excesso deste nutriente também traz danos à saúde. Os novos valores também seguem a orientação do Ministério da Saúde, que tem acompanhado o perfil de consumo de sal no Brasil.
Dados do IBGE indicam que o brasileiro consome 9,6 gramas de sal diariamente, mas, o consumo total pode chegar a 12 gramas, cerca de duas vezes mais do que o recomendado pela OMS.
A nutricionista funcional e esportiva, Daniela Belinatti Menardo de Oliveira, explica que essa quantidade acaba acostumando o paladar ao excesso de sal.
Além do iodo, outra preocupação já conhecida é com a quantidade de sódio. Daniela afirma que, por conta desse paladar, muitos buscam por sal light, com menos sódio, usam mais do que o recomendado, anulando, então, esse efeito benéfico.
Ela adverte que, ao optar por uma alternativa de sal, deve-se certificar que esse produto não contém glutamato de monossódico, que é um aditivo altamente neurotóxico, prejudicando os neurônios e a saúde cerebral. “Fujam de todos produtos que contêm esse componente na lista de ingredientes, como é o caso dos temperos prontos, em cubos, molhos industrializados e tantos outros”.

Tipos de Sal
A nutricionista lembra que “nada em excesso é bom, tudo na vida e na nutrição deve ser equilibrado”. Sendo assim, para equilibrar o consumo de sal, é importante ter opções para substituí-lo. “Eu, particularmente, intercalo entre o sal marinho e o sal rosa do Himalaia”, conta.

Sal refinado: Um dos mais consumidos em todo o mundo, é o que possui menos nutrientes, por ser resultado do processo químico do refinamento. Esse tipo de sal é altamente ácido no organismo.

Sal grosso: Em culinária é utilizado em churrascos, assados e peixes.

Sal marinho: Bastante utilizado na alimentação funcional, pois, trata-se de um sal alcalino e que contém naturalmente cálcio, magnésio, iodo e outros minerais, isto por não ter passado pelo processo de refinamento.

Flor de sal: É composto por ferro, zinco, magnésio, iodo, cálcio, potássio e cobre. Não sofre nenhum processo de refinação. Seus grãos são transparentes e têm uma textura crocante, bastante utilizado na gastronomia.

Sal rosa do Himalaia: Considerado o mais antigo e puro dos sais marinhos, fica depositado em grandes profundidades (aos pés da montanha do Himalaia). Tem menor concentração de sódio e é rico em minerais, tais como cálcio, magnésio, potássio, cobre, manganês e ferro.

Sal Havaiano: De cor avermelhada, esse sal é composto pela argila alaeca. A quantidade de sódio é praticamente igual ao comum/refinado, porém, tem um sabor mais suave.

Sal Negro: De origem indiana, tem pouco sódio e o seu consumo é recomendado para hipertensos. A presença de enxofre em sua composição confere um sabor sulfuroso forte e coloração acinzentada É recolhido em regiões vulcânicas e possui menor concentração de sódio e boa concentração de potássio e ferro.

Sal Light: Possui menor teor de sódio. Em geral, 50 a 70% do cloreto de sódio são substituídos por cloreto de potássio na fórmula. Recomendado para indivíduos hipertensos e com retenção hídrica. Contraindicado para pessoas com acúmulo de potássio (ex.: renais crônicos).

Sódio
A OMS recomenda o consumo de menos de 2 g de sódio por dia, o que equivale a 5 g de sal.

Natural
A nutricionista afirma que nas compras de supermercado é essencial que se evite industrializado. “Resistir às tentações expostas nas prateleiras, evitar os salgadinhos, macarrão instantâneo, alimentos enlatados, embutidos, carnes processadas, biscoitos recheados e refrigerantes”, optando sempre por “frutas, vegetais, castanhas, iogurtes e sucos naturais que são as melhores opções. Invista nas preparações caseiras com pouco sal; além de mais nutritivas, você pode abusar dos seus dotes culinários. Evite também deixar o sal sobre a mesa na hora das refeições”, finaliza Daniela.

Daniela Belinatti Menardo de Oliveira
Nutricionista Funcional e Esportiva
CRN 10334
Clínica D´Marzio – Cosmópolis e Studio Saulo Santos
Fones: (19) 3872-3008 / 3872-3121

As ervas e temperos secos e naturais realçam o sabor e não trazem o inchaço que o sódio traz. Além disso, são termogênicos, aumentam a temperatura do corpo e fazem gastar mais energia, o que ajuda a emagrecer!

Alecrim: 
Ideal para dar sabor a sopas, ovos, peixes, legumes e vegetais em geral, como berinjela, tomate, batata e couve-flor. Pode ser usado também em carnes. Estimula a circulação e a digestão.

Alho e cebola: Podem ser usados no preparo de quase todos os pratos. O alho ajuda a controlar a pressão e os níveis de colesterol. A cebola diminui os riscos de trombose e aterosclerose. A dupla também pode prevenir contra alguns tipos de câncer, como o de pulmão, estômago, próstata e fígado.

Hortelã: Geralmente, é usada em pratos árabes, como quibe e tabule. Confere sabor também a sucos e chás gelados, vinagrete e saladas verdes. Combate dor de estômago, tem ação diurética e digestiva. Uso muito em sucos verdes.

Manjericão: Dá à comida um aroma agradável e inconfundível. É bom para temperar frango, sopas, massas e molhos à base de tomate, além de realçar o sabor de recheio de pizzas. Tem ação diurética, auxilia no tratamento do diabetes, acelera a cicatrização da pele e ainda protege contra desconfortos intestinais.

Orégano: Muito usado para aromatizar pizzas, pães, feijão-branco, molhos à base de tomate, omelete, assados, peixes, aves e queijos para aperitivos. Seus princípios ativos ajudam a combater enjoos e gases. Também é diurético e expectorante e altamente antifúngico. O óleo de orégano, por exemplo, é utilizado em minha prática clínica como tratamento e prevenção de Candidíase.