Insistir – Persistir – Desistir

Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade... Insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina. (2Tim 4,2)

Caros amigos e leitores, hoje trago para vocês uma reflexão a partir de três palavrinhas bastante parecidas no falar e escrever, porém, com significados bem diferentes: Insistir – Persistir – Desistir.
Dessas palavras, surgem algumas perguntas, creio eu, que todos nós já as fizemos em nossas vidas. Até quando insistir numa situação, numa pessoa, numa história, num problema, ou melhor, numa solução? Vale a pena? Está certo insistir? Quando parar? Quando desistir?
Eu não tenho as respostas porque, na verdade, elas não existem, é impossível colocar num mesmo esquema todas as realidades possíveis. E acho que aí entra o verdadeiro jogo de palavras, que no fundo é o jogo da vida: insistir, persistir, desistir. Cada história, cada pessoa, cada situação tem seu momento, e isso se chama vida, que na verdade não é um jogo, e sim, algo real, concreto, muitas vezes, duro como o concreto de cimento, onde batemos a cabeça e, meio tontos, não sabemos mais o que fazer.
Acredito que quando acontece isso, é o momento de parar, ver se o golpe não feriu demais, ver as alternativas possíveis, e claro, continuar o jogo, quero dizer, a vida, porque não dá para parar, e de golpe em golpe, discernir até quando insistir?
Por que insistir? Para que? Por quem? “Tá vendo”, não há respostas, só mais questionamentos. Então, fica aí uma certeza, a vida é mesmo cheia de perguntas e somos nós, de acordo com o que somos e queremos, com o que carregamos dentro de nós, que vamos dando as respostas e assumindo sadia e maduramente os novos questionamentos que a vida nos traz.
Agora, que a vida seja cheia de perguntas não quer dizer que não seja construída por respostas, e que não exista nenhuma certeza. Pelo contrário, em matéria de fé, há uma grande certeza que nos move, Deus e o Seu amor. Se diante dessas inúmeras perguntas citadas acima, deixamos que o Altíssimo nos ilumine, saberemos até onde ir, quando parar, e mesmo se errarmos, porque isso é comum à nossa humanidade, com Ele teremos força para reerguer-nos e continuar.
Então, concluímos com o conselho que São Paulo dá a Timóteo, no cabeçalho deste artigo, permanece firme na verdade, pois, a verdade sempre nos deixa livres, livres para escolher, livres para insistir e persistir ou até mesmo para desistir.
Deus te abençoe!
Aquele abraço do meu jeito e do meu tamanho.

Pe. Diego F. Humeniuk
Paróquias Santa Gertrudes e
Sagrado Coração de Jesus