O desafio do consumo da alimentação saudável para crianças

É importante que os pais tenham consciência do quanto influenciam no comportamento, gosto e preferências dos pequenos

Angelica de Almeida
Nutricionista
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Semana do ‘Dia das Crianças’ e temos um desafio com esses pequenos. Fazê-los comerem uma grande variedade de alimentos saudáveis, sem fugir do sabor, do que agrada o paladar infantil e sem forçar essas crianças para nao ser traumatizada no momento das refeições. Acredito ser a preocupação da maioria dos pais.
As proteínas, encontradas em fontes, como carnes magras, ovos e laticínios, desempenham um papel crucial no crescimento cerebral, muscular e ósseo das crianças.
Além disso, os carboidratos presentes em pães integrais, batata, arroz e cereais matinais com baixo teor de açúcar servem como fonte de energia sustentável. Verduras e frutas são igualmente essenciais na alimentação infantil, pois são fontes diversas de vitaminas e minerais. Por isso, variar os tipos, cores e sabores desses alimentos ajuda a garantir uma ingestão equilibrada de nutrientes.
Devido à maior concentração de água em seus organismos, não podemos esquecer que as crianças precisam repor esse líquido com mais frequência, tornando a hidratação adequada um componente vital da alimentação saudável.

Princípios da alimentação saudável
Vamos relembrar os princípios gerais da alimentação saudável infantil (e, claro, da família toda). A fonte aqui são as recomendações do Ministério da Saúde, que estão no Guia Alimentar para a População Brasileira.

– Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
– Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
– Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
– Fazer compras em locais que oferecem variedades de alimentos in natura;
– Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
– Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
– Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.

Dicas de alimentação saudável para crianças
Mas como colocar esses princípios na prática? Para ajudar sua família, temos aqui algumas dicas de especialistas em nutrição infantil. Vem ver:

Diversificar a apresentação dos alimentos
Sabe aquele alimento que seu filho não prova de modo algum, e só de ver já diz que não gosta? Experimente apresentá-lo junto ao prato preferido dele. Pode ser mais atrativo.
E que tal variar a forma de preparo? Se sua criança não come cenoura crua, que tal tentar cozida? Ou ralada? Novas texturas ou temperos podem fazer com que a criança passe a aceitar o alimento antes rejeitado.
Reinventar receitas ou trabalhar em montagens atrativas no prato, como criar personagens, são opções sempre bem-vindas também.

Criar um ritual de refeições
A família funciona como um agente social no desenvolvimento de hábitos alimentares da criança, já que cria uma experiência associativa. Ou seja, a criança observa como tudo é feito: se todos sentam no mesmo horário, se prestam atenção no que comem ou mexem no celular, e por aí vai.
Ela relaciona esse momento com o que é certo ou errado no que diz respeito aos comportamentos à mesa.
Sendo assim, é importante acostumar a criança a ter bons hábitos, como, por exemplo, fazer suas refeições em ambientes propícios, como na mesa de jantar – e não na cama enquanto assiste à televisão.

Ajudar sendo um exemplo
Assim como acontece com as atitudes no momento das refeições, a criança presta atenção também ao que os adultos que ela convive comem.
Às vezes, pela rotina corrida, acabamos optando por opções não tão saudáveis para as refeições, mas, sempre que possível, prefira dar o exemplo e incentivar bons hábitos aos pequenos.

Levar a criança ao mercado ou à feira com você
Assim, ela pode conhecer melhor sobre os alimentos que vai comer! Essa dica é válida também para o momento de preparo: ela pode acompanhar você e ajudar na cozinha – com segurança e supervisão, é claro.
É importante que os pais tenham consciência do quanto influenciam no comportamento, gosto e preferências dos pequenos para que comecem desde cedo uma reeducação alimentar dentro de casa, para todos.
Por um futuro com crianças mais saudáveis, as mudanças começam agora!