Encontramos no filho pródigo a figura típica de um pecador arrependido. O amor e a generosidade do pai são o símbolo perfeito da graça Divina. Aqueles que analisarem essa narrativa honestamente se reconhecerão nela. Para aqueles que ainda não se arrependeram dos seus pecados a experiência longe da casa do pai é um alerta sobre as consequências do pecado. A recepção calorosa do pai sinaliza que a graça de Deus é inesgotável para os arrependidos. O principal personagem é o filho mais novo, alguém desrespeitoso que a custa de uma grave ofensa, coloca em prática um plano egoísta e extravagante.
Esse jovem é uma prova viva de como o ser humano pode ser desfigurado pelo pecado. A tradição recomendava em casos como esse, acusar o filho publicamente, desonrá-lo, deserdá-lo de todos os seus direitos, e em muitos casos, até um funeral simbólico era realizado para declarar o filho morto. Mas, em vez disso, o pai da história repartiu sua propriedade entre eles.
A despeito da humilhação, o fato de o pai atender ao pedido do filho demonstra seu profundo amor por ele. Jesus está fornecendo uma ilustração do Seu próprio amor pelos pecadores. Para surpresa do pai, além da herança, o filho estava decidido a ir embora, ele queria uma vida nova e independente. Agora abastado, o jovem muda-se para uma região distante onde faz muitos amigos e experimenta diversões sem limites.
O significado do termo pródigo é extravagância, excesso, com contornos de imoralidade, promiscuidade e depravação. Depois de ter gastado tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. O jovem turista descobriu que o pecado não entrega o que promete. Viu-se sem o dinheiro da herança, sem amigos, sem lugar para morar e até sem sustento diário.
Diante de uma situação já difícil, uma terrível fome atinge toda a região. Na casa do pai, nunca experimentou escassez; agora, sozinho, ele vê seu mundo desmoronando. A situação ficou insustentável, por isso ele vai procurar um emprego e o emprego que conseguiu não era nada atrativo, pagava pouco e era extremamente humilhante. Apascentar porcos! Outrora respeitado, porém agora vivendo entre porcos, abandonado, sujo e faminto, ele desejava comer da lavagem dos porcos. Na solidão do chiqueiro, olhando os porcos se revirando na lama, ele reconheceu no que havia se tornado e decidiu que deveria voltar para a casa do pai.
Ele sabia que não podia continuar naquela situação. Se o pai o recebesse apenas como um empregado seria o recomeço. Então, ele se levantou e tomou o caminho de volta para a casa do pai. A história de Jesus não termina no chiqueiro. O pecado, os porcos, a degradação não foram o fim, mas a oportunidade da virada na vida daquele moço. Ele decide que não vai mais protelar. Chega de fugir, é hora de voltar, pedir perdão e recomeçar.
Estando ainda longe, o pai o reconheceu e correu em sua direção. Antes que alguém pudesse reprová-lo, o pai abraçou; antes que alguém pudesse rejeitá-lo, o pai o beijou. Com essa demonstração pública de afeto, a cidade inteira soube que o pai tinha perdoado o filho rebelde. Assim como aquele filho perdido voltou e foi perdoado, nós também somos recebidos pelo Pai Celestial quando O procuramos.
Deus nos ama e demonstrou isso quando mandou Seu filho Jesus morrer na cruz pelos nossos pecados. O caminho de volta é difícil e doloroso, mas como o pai da história que acabamos de ver, Jesus está esperando sua volta, você precisa dar o primeiro passo!
O difícil caminho de volta
29 de novembro de 2024 Caderno de Jesus Foto: Arquivo pessoal
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