Síndrome do olho seco é mais comum em mulheres acima de 40 anos

A Síndrome do Olho Seco é uma doença que caracteriza-se pela instabilidade do filme lacrimal (ou lágrima), este que é responsável pela lubrificação dos olhos, além da nutrição e proteção contra infecções, acompanhada de sintomas oculares, como sensação de corpo estranho, ardência, prurido, fotofobia (dor ao ver luz), embaçamento visual e lacrimejamento excessivo.
O médico oftalmologista Juarez Tavares explica que o período de inverno pode colaborar para o surgimento da condição, principalmente, quando em climas com baixa umidade do ar.
De acordo com o médico Juarez, as causas podem ser divididas didaticamente em duas:
a) Por deficiência aquosa, onde há o comprometimento da função das glândulas lacrimais;
b) Pelo olho seco evaporativo, que inclui causas relacionadas às pálpebras, como disfunção das glândulas de Meibomius e alterações do pestanejar (movimento de abrir e fechar os olhos), alterações da superfície ocular nas conjuntivites cicatriciais e alérgicas, uso de lentes de contato, deficiência de vitamina A, uso de medicações sistêmicas e/ou tópicas.

“Um dos agravantes do problema é o uso de telas eletroeletrônicas, devido ao tempo de exposição. Outro fator importante ão a idade e o sexo, porque as mulheres acima dos 40 anos têm maior risco de desenvolver a doença”, explica o Oftalmologista.
Além disso, fatores como genética, aspectos ambientais, cigarros e doenças associadas, como a artrite (inflamação nas articulações), podem corroborar para a Síndrome.

Tratamento
Inicia-se normalmente com o uso de lubrificantes e acompanhamento médico para avaliar a evolução. Dependendo da gravidade, pode ser necessário o uso de anti-inflamatórios tópicos e medicações de uso sistêmico. “O tempo de tratamento varia de acordo com o grau de severidade da doença. O objetivo do tratamento é restaurar a superfície ocular e a estabilidade do filme lacrimal”, comenta Juarez.

Como prevenir

Juares Tavares dos Santos
Oftalmologista
CRN 79483
Atende na rua Presidente Getulio Vargas, 354, Centro
FOTO: Gazeta

Alguns pequenos atos podem fazer a diferença no que se trata de prevenção da doença. Alguns deles são:
– Piscar regularmente;
– Usar um umidificador em casa e no seu local de trabalho;
– Realizar higiene nas pálpebras e compressas mornas;
– Usar lentes de contato pelo tempo recomendado;
– Usar lubrificantes oculares, eles auxiliam no alívio dos sintomas e lubrificam a superfície do olho;
– Procurar se hidratar ingerindo água com frequência;
– Reeducação alimentar: uso de Ômega 3 (encontrado nos peixes, castanhas e óleos);
– Consultar o oftalmologista periodicamente, quando apresentar sintomas.