As perspectivas em relação à profissão geralmente são boas, mas, depois de algum tempo de formados, as questões diárias nos fazem refletir. Formada desde 1992, iniciei minha carreira no serviço público e aprendi muito com pessoas especiais.
Trabalhei em empresa, consultoria e outros, sempre com muito entusiasmo e vontade de melhorar. Toda vez que existe uma calamidade, uma tragédia ou famílias em vulnerabilidade social, o profissional de serviço social é lembrado e necessário.
O que me deixa triste e sem motivação é que somos muito mais que “socorristas” de tragédias. Somos profissionais habilitados para executar várias tarefas, pautados na legislação e nos benefícios sociais que vão muito além disso. Somos essenciais no meio coorporativo para fazer o elo entre os poderes e os executores de tarefa.
A não valorização salarial e a falta de respeito com a ética profissional existem em outras áreas de formação, mas nós que trabalhamos diretamente com o público, precisamos estar bem para bem atender.
Infelizmente, com o passar do tempo, perdemos o entusiasmo e o brilho no olhar. Tentar não se abater com a falta de respeito à profissão e seguir fazendo o seu melhor, mesmo diante das dificuldades. Seguimos.
Roberta Abrahim
Bussamara, formada
Assistente Social pela
PUC- CAMPINAS
rabibus27@yahoo.com.br
